O "tarifaço" de Trump, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, pode afetar o comércio e as indústrias brasileiras de várias maneiras, tanto negativas quanto positivas. Especialistas analisam que, embora o impacto direto sobre o Brasil seja limitado, as consequências indiretas podem ser significativas.

Primeiramente, a imposição de tarifas elevadas sobre produtos como aço e alumínio reduz as exportações brasileiras para os EUA, já que o Brasil representa uma pequena parcela do comércio desses produtos com o país norte-americano. Isso pode resultar em uma diminuição da receita das empresas exportadoras, o que, por sua vez, afeta a balança comercial e o câmbio, com uma possível valorização do dólar frente ao real.

Além disso, a incerteza criada por essa política pode afetar ainda mais as relações comerciais globais, causando distúrbios nas cadeias produtivas internacionais. Especialistas ressaltam que o Brasil, embora impactado, é relativamente pouco exposto devido ao seu comércio modesto com os EUA, representando apenas 12% das exportações do país.

Por outro lado, alguns especialistas apontam oportunidades para o Brasil. O enfraquecimento do comércio entre os EUA e outros países pode abrir espaço para que o Brasil busque novos mercados, como a China, que vem reforçando parcerias comerciais com a América Latina. Daniel Lau, especialista em relações Brasil-China, observa um aumento nos investimentos e nas trocas comerciais, especialmente no setor agrícola, onde o Brasil pode ampliar sua participação na oferta de grãos como soja.

Além disso, a crescente demanda chinesa por produtos brasileiros, como carne e grãos, pode impulsionar os setores de agronegócio e pecuária. O Brasil também tem a chance de se beneficiar de novos investimentos chineses, já que o clima de incerteza nos EUA está levando empresas a considerar alternativas de produção na América Latina, incluindo o Brasil.

Portanto, embora o tarifaço de Trump traga desafios, ele também oferece ao Brasil a oportunidade de fortalecer sua posição em mercados estratégicos, como o chinês, e explorar novas parcerias comerciais que podem minimizar os impactos negativos das tarifas. Fonte CNN/Foto Agência Brasil

 

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