Comunicação ACIG
21/03/2025
Garça 

Pesquisa aponta dificuldade das empresas na contratação de jovens

Seja dentro do ambiente familiar, ou no mercado de trabalho, o conflito geracional tem sido sentido, inclusive na contratação de jovens da chamada geração Z; os nascidos entre os anos de 1996 e 2010. 

Relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, mostra que 51,6% do mercado de trabalho afirma ter dificuldade para lidar com as diferentes gerações e suas expectativas no mundo corporativo.

A pesquisa revela que os problemas começam na hora da seleção. A falta de habilidade para conversar, roupas inadequadas para a situação e até pessoas que levam os pais no momento da entrevista são alguns dos motivos apontados pelas empresas. Além disso, esses jovens tendem a pedir demissão ou realizar o chamado “quiet quitting” (demissão silenciosa), fenômeno quando o profissional vai se afastando “silenciosamente” de suas funções, fazendo o mínimo do que é encarregado.

Segundo o Diretor e tesoureiro da ACIG – Associação Comercial e Industrial de Garça, Rodrigo Martins, o conflito entre o que é proposto pelas empresas e, em muitos casos, a falta de propósito ou mesmo o desafio apresentado pelo ritmo do mercado, faz com que os jovens trabalhadores desistam do emprego. “São jovens que não tem um propósito definido, e que quando precisam seguir regras e hierarquia, desanimam oferecendo 50% do resultado esperado. Outras vezes, simplesmente, ficam alguns dias e depois, simplesmente, desistem da vaga”, comentou.

Diante dessa situação, Martins acredita que a opção por estagiário possa ser um caminho para uma contratação mais segura e sem tanta rotatividade na empresa. “Além de não gerar vínculo empregatício e não acarretar à empresa as burocracias de uma rigidez trabalhista, o estágio é um período de maturação, de adaptação para os dois lados, até uma possível efetivação”, comentou.

NOVOS CAMINHOS -  Nesse sentido, o Relatório “Tendências de Gestão de Pessoas” reforça a necessidade de as empresas praticarem o diálogo para promover um ambiente de trabalho mais harmonioso. “Essa é uma geração que entra no mercado de trabalho num momento em que entendemos que é possível trabalhar de qualquer lugar, ter seu próprio ritmo e numa era digital que me permite fazer as coisas do meu jeito e na hora que eu quiser”, cita. Aponta ainda que “com os mais velhos, o que costuma dificultar é a falta da escuta ativa, que não era algo comum anos atrás, e nem sempre estão dispostos a se abrir para novas ideias”. E é nesse ponto onde as gerações se conflitam.


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