Material escolar já dá o ‘tom’ no comércio garcense
As férias ainda estão em pleno andamento e ainda tem muito tempo para que os estudantes apreciem o descanso, mas o comércio varejista já sente as mudanças com o produto da vez.
As férias ainda estão em pleno andamento e ainda tem muito tempo para que os estudantes apreciem o descanso, mas o comércio varejista já sente as mudanças com o produto da vez. O material escolar dá o ‘tom’ no comércio garcense e, passadas as festas de final de ano, os cadernos e canetas ocupam lugar de destaque. Nas prateleiras as mochilas escolares e os estojos também vieram para a parte da frente dos estabelecimentos. Aos poucos, ainda que devagar, alguns consumidores se aventuram a olhar os preços e as novidades.
“Agora é o momento do comércio voltado para material escolar. Garça segue o que vimos no resto do país. Os lojistas já começaram a exposição dos seus produtos, colocando em evidência, de forma a chamar a atenção, o que é muito positivo. Muitos já começaram, desde dezembro, a divulgação nas redes sociais”, disse o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, Fábio Dias.
Ele citou uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro, divulgada na semana passada, apontando que as famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024, o que representou um aumento de 43,7% ao longo dos últimos quatro anos. O levantamento mostra que essas compras impactam o orçamento de 85% das famílias brasileiras com filhos em idade escolar e que um a cada três compradores pretende parcelar para poder dar conta das despesas para o ano letivo de 2025.
“Ao mesmo tempo que os preços impactam no orçamento familiar, é um gasto que já vem determinado no início do ano, assim como o pagamento de alguns tributos. Sabemos que a lista de materiais escolares é uma das primeiras preocupações do ano, por parte dos pais, pois, independente de escola pública ou particular, todas as famílias acabam tendo que comprar material”, falou o dirigente garcense.
De acordo com o ele, a Abfiae (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares), divulgou que os preços dos materiais devem sofrer um aumento entre 5% e 9%, percentual que supera a inflação acumulada de 2024, registrada em 4,87%”.
O aumento nos preços é atribuído a uma combinação de fatores econômicos e logísticos, como a alta tributação, custos de produção mais elevados e a valorização do dólar.
“Tudo isso acaba pesando na hora de comprar, mas acreditamos que, apesar do aumento, que não é culpa do lojista, do comerciante, vamos ter um aumento nas vendas e o nosso comércio está preparado para atender a demanda. Uma volta rápida pelo centro comercial e sentimos que todos estão preparados. Agora é a hora do papel e da caneta”, falou Dias.
Segundo o presidente executivo da Abfiae, Sidnei Bergamaschi, os impostos são um componente muito importante no preço final do material escolar. Diversos produtos têm até acima de 40% de impostos.
“Então, nos itens que formam a cesta, se você imaginar que quase metade do preço do produto final é imposto, fica bem pesado”, disse Bergamaschi, explicando porque os impostos têm um peso significativo nos valores finais.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que os cadernos tiveram alta de 6,31%, livros subiram 9,65%, e os didáticos, 7,64%.
Comentários
Nota Importante: O Portal Garça Online abre espaço para comentários em suas matérias, mas estes comentários são de inteira responsabilidade de quem os emite, e não expressam sob nenhuma circunstância a posição/opinião oficial do Portal ou qualquer de seus responsáveis em relação aos respectivos temas abordados.