ACIG alerta: golpistas voltam suas táticas para os MEIs
Dois mil e vinte e quatro está com os dias contados e as expectativas de melhoras se acentuam com a chegada do novo ano.
Dois mil e vinte e quatro está com os dias contados e as expectativas de melhoras se acentuam com a chegada do novo ano. No entanto, num momento de ‘relaxamento’, quando o foco se volta para as festas natalinas, a Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG alerta os microempreendedores individuais (MEIs). Infelizmente, como salientou o superintendente Fábio Dias, os golpistas não descansam e fizeram deste momento, o período propício para aplicarem seus golpes. As vítimas, nas correria do final de ano, nem sempre se atentam.
“Os golpistas estão sempre em ação, e qualquer situação eles tornam propícia para aplicarem seus golpes. Temos o relato, aqui em Garça, de muitos empreendedores, muitos MEIs, que estão recebendo comunicado de dívidas, que precisam regularizar, que tem boletos para pagar. Tudo não passa de golpe. O empreendedor deve ficar atento e, no caso de qualquer dúvida, que procure o posto de atendimento do Sebrae Aqui que fica na ACIG”, disse Fábio Dias.
Segundo ele, as colaboradoras, a agente de atendimento, está apta para ajudar, para orientar todos que buscarem orientação.
Ele salientou que os golpes, com algumas variações, têm sempre o mesmo embasamento, e o que é ótimo para a economia pode ser a chance perfeita para criminosos que buscam formas de lucrar, enganando quem deseja realizar o sonho de levar o próprio negócio ao sucesso.
“Os golpistas criam páginas falsas para aplicar golpes nos MEIs, por exemplo, tirando dinheiro das vítimas e roubando informações pessoais. Esses dados são utilizados para cometer outras fraudes. Portanto, é fundamental ter muita atenção para não cair em golpes”, falou Dias.
O dirigente garcense listou alguns golpes que têm como alvo os microempreendedores individuais.
1. Boletos de cobranças indevidas
Nessa modalidade de golpe, os fraudadores enviam cobranças indevidas por e-mail ou correspondência, como boletos de registro de domínio na Internet (endereço de site), por exemplo. Esses boletos geralmente vêm com o logotipo da Caixa Econômica Federal e valores cobrados baixos, além de uma observação indicando que o pagamento é facultativo.
O objetivo é arrancar dinheiro do empreendedor sem que ele desconfie. Muitas vezes, o MEI acaba efetuando o pagamento do documento por falta de conhecimento, mesmo que não tenha um site.
Outra variação desse golpe é o envio de boletos sob o pretexto de que o empreendedor precisa pagar algum tipo de taxa relacionada à associação com entidades da classe ou fazer alguma contribuição mensal.
2. E-mails com solicitação de retificação
Fraudadores costumam enviar e-mails solicitando que o microempreendedor faça correções na Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN SIMEI), ou informando sobre pendências em sua declaração de Imposto de Renda.
Eles aproveitam para incluir links e anexos maliciosos para infectar seu computador e obter acesso aos seus dados pessoais e bancários. Mas você pode identificar quando essas mensagens são fraudulentas observando o endereço de e-mail de onde elas foram enviadas, que costuma ter um nome que não faz sentido.
“É importante lembrar que a Receita Federal não entra em contato por e-mail sem o consentimento do contribuinte. Todas as comunicações são realizadas por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC)”, orientou Dias.
3. Golpe DAS-MEI
Nesse golpe, os criminosos enviam uma falsa guia do DAS (Documento de Arrecadação Simplificada) para o empreendedor MEI, contendo o logotipo do Simples Nacional e utilizando linguagem técnica para parecer legítimo. Eles ameaçam multar o MEI caso ele não faça o pagamento, e oferecem apenas a opção de pagamento via Pix.
Para evitar cair nesse golpe, o MEI deve lembrar que o DAS verdadeiro não é enviado pelo correio, e que é responsabilidade dele próprio acessar o sistema e pagar o imposto dentro do prazo. Existem quatro formas de pagamento disponíveis: boleto, aplicativo MEI, pagamento online (somente para clientes do Banco do Brasil) e débito automático.
4. Empréstimo falso
Nessa situação, os criminosos entram em contato com microempreendedores por meio de canais como: WhatsApp; SMS; ligação telefônica; redes sociais.
A partir disso, fazem propostas de supostos empréstimos vantajosos, com juros mais baixos do que estão sendo praticados pelo mercado. A mensagem enviada costuma conter um link.
Caso a vítima clique nesse endereço eletrônico, ela é direcionada a um chat, onde vai ser solicitada a enviar os documentos pessoais. Ai já começa o golpe no MEI, que poderá ter os seus dados utilizados de forma fraudulenta.
Além disso, os golpistas exigem o pagamento de uma quantia em dinheiro para liberar o empréstimo em algumas horas. O problema é que isso nunca acontece, e a vítima fica no prejuízo.
5. Falsos fornecedores de produtos e serviços
Esse tipo de golpe envolve a oferta de produtos e serviços, incluindo aqueles que já foram mencionados em outros golpes, como a cobrança de taxas para abrir o CNPJ ou para fornecer informações que estão disponíveis gratuitamente na internet. Os golpistas podem oferecer ajuda para cumprir as obrigações do MEI.
6. Golpe da DECORE
Esse é um dos tipos de golpe no MEI que envolvem linhas de crédito. Nesse caso, os golpistas entram em contato com o microempreendedor informando que está liberado um crédito de determinado valor e se a pessoa teria interesse. Para receber o dinheiro, seria necessário obter uma DECORE registrada (ou seja, uma Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos).
Ao entrar em contato com o escritório de contabilidade, o MEI é informado de que esse tipo de documento não existe. Os golpistas, por sua vez, fornecem o contato de um escritório que emite a DECORE.
A vítima segue todo o processo e paga para obter a declaração e liberar o dinheiro em sua conta. Quando tenta entrar em contato com a instituição financeira, não recebe resposta e também não consegue falar mais com o escritório de contabilidade que emitiu a DECORE.
“Os golpes, como eu disse, são muitos, e a cada dia vão se multiplicando, mas a base é sempre a mesma. O que recomendamos é pecar pelo excesso. Qualquer que seja a dúvida, por menor que seja, procure o Sebrae Aqui na ACIG e, não cliquem ou paguem nada”, finalizou ele..
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