Não é segredo que as novas gerações têm prezado cada vez mais por flexibilidade e qualidade de vida, muitas vezes abrindo mão de carreiras tradicionais em empresas.

Não é segredo que as novas gerações têm prezado cada vez mais por flexibilidade e qualidade de vida, muitas vezes abrindo mão de carreiras tradicionais em empresas. Segundo uma pesquisa da ZenBusiness, dos mil jovens entre 18 e 25 anos entrevistados, 93% adotaram medidas para criar seus próprios negócios, ou seja, optaram pelo empreendedorismo. 

Essa é uma tendência que já vem sendo notada dentro das universidades, segundo Wilson Rodrigues, diretor da Faculdade do Comércio (FAC), entidade educacional da rede de Associações Comerciais. 

"O jovem quer ter autonomia, liberdade, não quer ter horário fixo, por isso o empreendedorismo vem se tornando atraente, principalmente entre a Geração Y".

Membro do programa de reitores do Santander Universia, que oferece aos professores e alunos bolsas de estudos, intercâmbios e grupos de trabalho para a implantação de ambientes empreendedores no ensino superior, Wilson menciona que o projeto identificou que muitos jovens não consideram suas universidades empreendedoras e que sentem falta desse incentivo dentro do ambiente educacional.

Pensando nisso, e em formas de gestão para implementar ambientes empreendedores no meio acadêmico, Wilson, em conjunto com reitores de outros 14 países, definiu um plano estratégico para 2025 focado na educação empreendedora dos docentes das universidades, transformando esses professores em empreendedores.

O projeto é dividido em cinco etapas, sendo a primeira o desenvolvimento das Softs Skills dos docentes, para que consigam desenvolver o empreendedorismo nos estudantes. 

“Não dá para falar de comércio sem falar de educação”, explica o diretor da FAC, que enxerga o projeto como uma forma de qualificar melhor os jovens para atuarem no varejo, auxiliando no aumento das vendas, marcas, entre outros.

Com o aumento das tecnologias e da concorrência, Wilson explica que, hoje, os jovens não conseguem se manter apenas com o ensino médio, sem apostar em uma formação. “Hoje, qualquer pequeno comerciante está concorrendo com a China e as pessoas precisam estar preparadas para essa concorrência”, diz. 

Além disso, Wilson enxerga que muitos docentes ensinam determinada metodologia sem nunca terem vivido o que transmitem na prática. Assim, o professor dá aula de vendas, sem nunca ter vendido algo, o que gera um distanciamento entre a academia e o aluno, que muitas vezes já vivenciou essa situação. Com esse projeto, a Fac pode trazer uma pós-graduação inédita em empreendedorismo para os docentes, disse.

Com a formação dos docentes, os jovens irão ingressar nas universidades e receber a formação de pessoas que realmente já vivenciaram a experiência empreendedora. Além disso, o projeto é inspirado em um método já utilizado na Universidade de Coimbra, em Portugal, no qual as empresas levam para a universidades problemas reais vivenciados nos mercados para os jovens solucionarem. 

SOBRE A FAC

Fundada em 2020, a Faculdade do Comércio é uma das únicas entidades educacionais voltadas para o varejo, que tem como objetivo capacitar colaboradores para o comércio varejista e, assim, aumentar a chance dessas pessoas construírem uma carreira profissional e se tornarem empreendedores.

A FAC recebeu, em 2024, nota máxima (cinco) no recredenciamento do Ministério da Educação (MEC), após passar por uma rigorosa auditoria para avaliar o desenvolvimento institucional e de ensino da faculdade. 

Focada em fornecer ensino a alunos de baixa renda, a faculdade possui aproximadamente 2.200 alunos e pretende alcançar mais 1.200 em 2025. Atualmente com 22 cursos, a faculdade pretende inaugurar em 2025 dois novos cursos de Pós-Graduação on-line: Marketing Digital e Inteligência artificial. Além disso, a faculdade deseja inaugurar 15 polos de ensino a distância. (Por Comunicação Facesp)

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