Fábio Dias
14/11/2024
Garça 

Cotait: “Se o corte de gastos do Governo for real, teremos impactos positivos na economia, principalmente com a queda na taxa de juros”


Enquanto o governo ainda não apresenta o esperado pacote de corte de gastos, setores produtivos, como a Rede de Associações Comerciais - que representa, principalmente, as micro e pequenas empresas - enxergam na medida uma oportunidade de recuperação na economia brasileira, a partir de 2025. 


Enquanto o governo ainda não apresenta o esperado pacote de corte de gastos, setores produtivos, como a Rede de Associações Comerciais - que representa, principalmente, as micro e pequenas empresas - enxergam na medida uma oportunidade de recuperação na economia brasileira, a partir de 2025. 

Em entrevista à Band News TV, Alfredo Cotait Neto, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), ressaltou que “um corte de gastos efetivo pode estimular a queda na taxa de juros”. 

Segundo Cotait, “o esforço do governo deve ser no sentido de reduzir despesas para, de fato, controlar a situação fiscal”. “A diminuição dos gastos é fundamental para que o País volte a ter perspectivas de queda dos juros e de controle da inflação.” 


Cenário Econômico

A incerteza sobre o pacote de cortes tem provocado tensão no mercado financeiro, com o aumento do dólar e a queda na Bolsa de Valores. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi anunciado um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, que passou de 10,75% para 11,25% ao ano. A decisão do Copom foi unânime. 

Entre os fatores que justificam a elevação da Selic estão a resiliência da atividade econômica, a pressão no mercado de trabalho e o aumento nas projeções de inflação, que continuam acima do esperado. 

O pacote de corte de gastos do governo é visto como essencial para as próximas decisões do Copom. Dirigentes do Banco Central destacaram, recentemente, a importância de medidas estruturais no âmbito fiscal para estabilizar a economia. 

Desde o final de 2022, o Brasil tem enfrentado um aumento no orçamento fiscal, com significativo nos gastos públicos e elevação da dívida. Em setembro, as contas públicas apresentaram um déficit primário de R$ 7,34 bilhões, embora a dívida pública tenha caído para 78,3% do Produto Interno Bruto (PIB). (Comunicação Facesp)


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