Fábio Dias
29/10/2024
Garça ACIG 

Simples Nacional: ACIG dá dicas para se proteger de golpes fiscais


Criminosos se passam por órgãos oficiais para extorquir empresários e contribuintes

Atualmente, criminosos têm se aproveitado da tecnologia para enganar empresários, contribuintes e contadores. Estelionatários enviam falsos Documentos de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), guias de Receita Federais e até fraudam documentos do Microempreendedor Individual (MEI). O golpe, sofisticado, inclui e-mails de escritórios contábeis e de advocacia legítimos imitando documentos oficiais da Receita Federal, apenas com alteração do código de barras para que o pagamento vá direto para as contas dos fraudadores. Os prejuízos do crime são muitos, pois dificilmente o dinheiro será recuperado — e a vítima, de qualquer forma, terá de pagar o imposto devido.

Recentemente, em Garça, o  escritório Macrocontábil Conessa emitiu um aviso urgente sobre o recebimento de e-mails fraudulentos contendo guias de DAS do Simples Nacional. As guias falsificadas, segundo o escritório garcense, vinham sendo enviadas já preenchidas com os dados das empresas, incluindo razão social e CNPJ.  A recomendação foi  para que os empresários não realizassem nenhum pagamento baseado nessas guias sem antes verificar detalhadamente com seu escritório de contabilidade a procedência e veracidade dessas informações. 

“O correto é que os contribuintes ou seus contadores emitam as guias diretamente nos sites oficiais, acessados via login e senha”, disse o presidente  da ACIG, Fábio Raniel.

Segundo ele, a prática criminosa não acontece somente em Garça e especialistas  dão dicas essenciais para que as empresas do Simples Nacional e até mesmo os demais contribuintes possam se proteger desses golpes. 


Dicas

Fábio Raniel elenca algumas dicas, amplamente divulgadas por especialistas.

“O aumento de casos de crimes cibernéticos voltados às pequenas empresas mostra a sofisticação dessas fraudes. Os criminosos manipulam informações digitais e falsificam documentos, aproveitando-se da confiança e da falta de conhecimento técnico das vítimas. Proteger-se dessas ameaças requer atenção e adoção de práticas preventivas.   Há alguns dias o Escritório Macrocontábil Conessa já fez um alerta sobre esse problema e estamos aqui, retomando a questão e trazendo umas dicas que foram divulgadas por especialistas como, por exemplo, da FecomercioSP”, disse ele.


1. Não pague imediatamente

Recebeu um boleto suspeito? Não pague automaticamente. Antes de realizar qualquer transação, certifique-se de que o documento seja legítimo. Fraudes podem ser sutis e parecerem muito convincentes.


2. Verifique a origem

Sempre confirme a autenticidade dos e-mails que recebe, principalmente se contiverem documentos de cobrança. Estelionatários estão cada vez mais profissionais, utilizando e-mails que imitam os de escritórios conhecidos.


3. Consulte as fontes oficiais

Quando tiver dúvidas, acesse diretamente os sites oficiais da Receita Federal ou do Simples Nacional para verificar se há pendências ou dívidas em seu nome. Esses portais contam com sistemas seguros que fornecem as informações corretas.


4. Atenção ao método de pagamento

Desconfie de guias que exijam pagamento apenas via PIX. Embora o meio de pagamento seja uma ferramenta rápida e eficiente, fraudes que envolvam esse sistema são mais difíceis de rastrear. Boletos legítimos oferecem outras formas de quitação, como boletos bancários com código de barras. Além disso, ao surgir desconfiança, é possível cancelar o pagamento de forma razoavelmente rápida.


5. Converse com o seu contador

Caso tenha qualquer dúvida, entre em contato com um contador ou escritório de contabilidade de confiança, que poderá confirmar se a cobrança é real e o documento está correto.


6. Denuncie os sites suspeitos

Golpistas frequentemente criam páginas falsas que imitam os portais oficiais da Receita. Sempre cheque  se o site é realmente o oficial (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br) antes de inserir qualquer informação.


Comentários

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