Em Garça, segundo o Censo de 2022, existem 8.710 pessoas com idades acima de 60 anos, o que representa mais de 20% da população.

Em Garça, segundo o Censo de 2022, existem 8.710 pessoas com idades acima de 60 anos, o que representa mais de 20% da população. São homens e mulheres que, em grande parte, estão aposentados, e que movimentam a economia da cidade. Muitos são arrimo de família. Conforme colocou o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, Fábio Dias, é um público que, em hipótese alguma deve ser ignorado.

“Essas pessoas têm um peso muito grande para a nossa economia e movimentam diversos segmentos. Não tem mais essa história de improdutivos. São pais, mães, avós e avôs que movimentam a economia, que vão ao mercado, as farmácias, as lojas de roupas e nosso comércio deve estar atento a isso. É importante entender esse consumidor e estar preparado para atendê-lo”, disse o dirigente, lembrando que a  população brasileira está envelhecendo, e que os números só tendem a crescer.

De acordo com Fábio Dias, longe da ideia de carência ou demência, a maioria dos idosos são responsáveis por tomar as decisões sobre as próprias compras, principalmente as mulheres. 

“Hoje o que temos é o mercado ‘correndo atrás’ para atender as expectativas desse consumidor . Muitos não se sentem contemplados pelo mercado. Por isso alertamos o nosso lojista. É na questão de marcas, de modelos, tamanhos e, principalmente, atendimento. São particularidades que podem fazer a diferença”, disse ele.

O dirigente garcense, salientou a importância em se proporcionar um atendimento mais humanizado, disponibilizar bancos e boas condições físicas de acesso e, sobretudo, investir na experiência do consumidor. Essas são ações simples que podem atrair e fidelizar esse público.

“Nós observamos aqui, em épocas de pagamento dos benefícios, os mercados e as lanchonetes enchem com esse público que vai até o centro comercial garcense, acompanhados de seus filhos ou netos, fazer as suas compras, pagar as suas contas. É importante estar preparado para atender esse público”, pontou o superintendente.

Fábio ressaltou ainda que o fato de as pessoas idosas possuírem necessidades específicas não significa que não são independentes, que não possuem hábitos de lazer, desejos e vaidades. Por isso o lojista precisa estar pronto para entender esse consumidor.

“Vou citar um exemplo, que pode parecer tolo, mas que faz a diferença. Muitos idosos têm dificuldades em alcançar produtos empilhados ou em balcões altos. É a questão da acessibilidade. O tamanho das letras que marcam aas características do produto e os preços, também é um detalhe. Tudo isso pode influenciar nas vendas”, falou ele.

Segundo o dirigente, um dos associados da ACIG conseguiu fidelizar toda uma família, pela maneira com que tratou a matriarca.

“A forma como o lojista tratou a mulher, o carinho, o cuidado, a atenção, acabou por fidelizar toda a família. São detalhes importantes”, falou ele.

O dirigente salientou que a atenção personalizada aos idosos no ponto de venda,  é determinante na decisão de compra. Muitos preferem não pesquisar e nem alterar hábitos de consumo, optando por produtos associados à qualidade de vida. Assim, é importante comercializar alimentos saudáveis, de qualidade, roupas e itens confortáveis, pois desse modo estarão propensos a ser fidelizados.

“Uma água, uma cadeira, um olhar nos olhos, um falar pausadamente, um trato com carinho e respeito. Isso nunca é demais”, finalizou o dirigente garcense.

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