E amanhã, dia 24 de agosto, é dia de arte. A partir das 20 horas as cortinas da Sala Miguel Mônico se abrirão para receber a peça “Ordinários” da Cia LaMínima.

E amanhã, dia 24 de agosto, é dia de arte. A partir das 20 horas as cortinas da Sala Miguel Mônico se abrirão para receber a peça “Ordinários” da Cia LaMínima. Ordinários narra a história de três soldados que, depois de uma longa e angustiante espera, enfim recebem uma missão. Ao avançar para o território inimigo, no entanto, percebem que escondem segredos uns dos outros e que são inadequados para a guerra. Mas, afinal, quem é adequado para a guerra?

​A  peça teatral oferece uma perspectiva única sobre a guerra, utilizando a figura do palhaço para explorar as complexidades do conflito humano. Através de uma narrativa que entrelaça teatro, circo e humor, a Cia LaMínima convida o público a refletir sobre as estratégias bélicas e suas consequências.

A direção de Álvaro Assad traz à vida a história de três soldados com personalidades distintas, os quais os segredos são revelados enquanto aguardam a ordem para uma missão de resgate.

A abertura tradicional da cortina revela um palco vazio, onde os atores, equipados para a guerra, preparam-se para a ação. O espetáculo promete ser uma experiência imersiva, desafiando as convenções e provocando o público a questionar os papéis que desempenhamos nos tempos de guerra.

Com temperamentos opostos — um é o valentão (Bregantim), o outro, o atrapalhado (Paz) e o terceiro, o covarde (Sampaio) que não vê a hora de se livrar de tudo aquilo — eles estão naquele local (um lugar sem referência) somente à espera de serem convocados para a missão. Enquanto isso são obrigados a treinamentos intermináveis e sem sentido. No entanto, quando chega a ordem para darem início à missão (resgatar o comandante), eles partem sem muita convicção. E durante a caminhada inóspita, segredos de cada um deles vêm à tona, além de descobrirem o verdadeiro caráter do superior que eles iriam salvar.

O público fica preso à ação cênica desde o início, graças ao carisma que o palhaço exerce sobre todos nós: como são tipos diferentes e de personalidades distintas a identificação é ainda maior. Mas tudo isso acontece mesmo devido ao talento e graça de Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim, que estão em perfeita sintonia. Destaque ainda para o roteiro (assinado por Newton Moreno, o diretor e os atores), para a encenação criativa de Álvaro Assad, a iluminação de Marcel Alani que com sutileza faz a passagem de tempo de forma lúdica e para a trilha sonora de Marcelo Pellegrini executada com graça pelos próprios atores

A peça está em cartaz no Teatro Municipal Sala Miguel Mônico em Garça no dia 24 de agosto, sábado, a partir das 20h. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados antecipadamente na Biblioteca Municipal. Por se tratar de tema sensível, a peça é recomendada para maiores de 14 anos.

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