Fábio Dias
23/07/2024
Garça ACIG 

Garcenses já pagaram mais de R$ 19 milhões de impostos neste ano

O Impostômetro atingiu no domingo (21), às 8h20, a marca de R$ 2 trilhões em impostos.


O Impostômetro atingiu no domingo (21), às 8h20, a marca de R$ 2 trilhões em impostos. Esse é o valor pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária. Em Garça, de 01 de janeiro de 2024 até às 14h30 de ontem, dia 22 de julho, os garcenses já pagaram R$ 19.165.820,59 de impostos. No mesmo período do ano passado, o Impostômetro havia alcançado a marca de R$ 16.138.351,63, indicando um crescimento de 18,75% este ano.

A diferença pode ser ainda maior, considerando que no período de 2023 foi analisado até o final do dia 22 de julho e agora, os dados foram contabilizados até às 14h30 do dia 22 de julho.

“Parece que não, mas é meio dia que faz toda a diferença. Levantamos os dados, tanto de 2023 quanto de 2024, até o dia 21 de julho. O aumento nesse ano chega a 19%. Por isso, podemos categoricamente afirmar que a diferença será ainda maior”, disse o superintende da Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, Fábio Dias.

Segundo ele, o incremento foi impulsionado pelo aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS e COFINS nos combustíveis.

“Temos que ser redundantes e voltamos a dizer que nosso sistema tributário taxa excessivamente o consumo, assim, à medida que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação”, disse ele. 

De acordo com o dirigente, a expectativa de mudanças sempre fica por conta da reforma do sistema tributário brasileiro. No atual sistema tributário brasileiro, a carga de impostos está inserida no preço final dos produtos, o que impede que o consumidor saiba exatamente quanto paga de imposto. 

“A reforma foi aprovada no final do ano passado, mas tem o período de transição que terá início somente em 2026. Ela, segundo os especialistas, está prevista para valer integralmente a partir de 2033. Então, por quanto, nada de diferente”, falou o dirigente garcense.

A  reforma tributária aprovada no final do ano passado definiu que o modelo brasileiro terá um IVA composto pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS). A CBS substitui os tributos federais PIS, Cofins e IPI. Já o ICMS, dos estados, e o ISS, dos municípios saem de cena para a entrada do IBS.

A estimativa é de que o novo sistema tributário vai gerar cerca de 12% de crescimento adicional do Produto Interno Bruto (PIB) em 15 anos, segundo projeções apresentadas pelo Ministério da Fazenda. 

"Conforme colocado por Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, temos uma carga tributária comparável a da Grã-Bretanha, mas nossa renda por habitante é significativamente inferior. Portanto, pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economia", disse Fábio Dias.

João Eloi Olenike, presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), lembra que recentes elevações nas alíquotas do ICMS em diversos Estados, a atualização do IPTU e o aumento do IPVA em várias unidades da federação contribuíram para manter a carga tributária elevada.  

O painel físico do Impostômetro está situado na Rua Boa Vista, 51, no centro Histórico de São Paulo, na fachada do edifício-sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).


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