Recordar é Viver: "Gaúcho fez sucesso no futebol garcense"
Por Wanderley `Tico´ Cassolla
De Palmas, a bonita capital do Estado do Tocantins, recebemos do gremista Álvaro Luiz Nogueira Miguens, o “Gaúcho”, várias fotos da época que jogou no Clube Atlético Ipiranga. Algumas inéditas que vão para o nosso acervo esportivo, e na medida do possível, iremos publicá-las na coluna.
O Gaúcho lembra com muito orgulho e saudosismo a passagem por Garça. Aqui viveu boa parte de sua juventude, onde fez muitas amizades, que mantém até os dias de hoje. Apesar da distância, sempre que tem oportunidade, vem para cá reencontrar os eternos amigos e amigas que jamais serão esquecidos.
Nascido em Uruguaiana/RS., o Gaúcho morou em Garça entre os anos de 1973 e 1982. Com seu jeitão brincalhão e falante, fez um grande círculo de amizades, em especial com a galera do Garça Tênis Clube. No futebol com a turma do Vexame, Ipiranga e Garça FC.
Um atacante veloz, gostava de jogar mais pela ponta direita, e partia com tudo pra cima dos zagueiros. Em campo sobrava esforço e determinação, aliado a um fôlego impressionante, padrão típico dos futebolistas gaúchos.
No início se destacou nos jogos de “pelada” do Garça Tênis Clube, onde o pai o “seo” Miguens, jogava no Kosminho. Como o pai trabalhava no Frigus tentou colocar o filho no time do frigorífico. Por incrível que pareça e por mais que insistiu, não deu certo.
Até que um dirigente do Ipiranga, o Gervásio Rodrigues Moraes, e os jogadores Béia e Corinho, o convidaram para jogar no time vermelho e branco.
Logo no primeiro amistoso o Gaúcho já “mostrou serviço”, marcando 2 gols e preparando jogadas para os atacantes finalizarem. Após o jogo, o diretor Nelson Carvalho de Souza já o contratou. Na época o Ipiranga tinha um grande time e o Gaúcho “encaixou como uma luva”. Foi uma época áurea onde jogou ao lado de grandes atletas: Toninho Marques, Chico Ramalho, Sarará, Marcelo, Corinho, Ricardinho. No flagrante, um trio de peso do Ipiranga, posando no “Platzeck”. Da esquerda para direita: Béia, Gaúcho e Ricardinho.
Um fato curioso é que o Gaúcho gostava de enfrentar o Frigus, na época o principal clássico do futebol amador. Segundo ele nos confidenciou, era o jogo que mais gostava.
“Marquei gols praticamente em todos os jogos contra o Frigus e vibrava pra valer. Para desespero do meu saudoso “seo” Miguens e dos dirigentes do frigorífico, que estavam nas arquibancadas”.
Recordamos uma das formações do Ipiranga, do ano de 1975. Em pé, da esquerda para direita: Gilmar goleiro, Mauro “Parafuso”, Vadenal, Robson “Pezão”, Béia, Ricardinho e o técnico Jair Cassola; agachados: Nôzinho, Sarará, Gaúcho, Gilmar Mantovanelli e Bego Cassola. Se destacando no futebol amador, ainda teve a oportunidade de disputar jogos pelo Garça nas temporadas de 1977/78.
Um dos jogos que marcou sua passagem no “Azulão” foi no dia 18 de agosto de 1978, quando da inauguração dos refletores do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Na ocasião teve o jogo entre o São Paulo FC x Seleção de Garça, que terminou com a vitória do tricolor paulista pelo placar de 4 a 1. O único gol dos garcenses foi anotado pelo Gaúcho, após receber passe de Rogerinho.
No ano de 1983, o Gaúcho retornou para o Rio Grande do Sul. Tempos depois, nos idos de 2010 decidiu ir morar em Palmas, a capital do Tocantins, onde está até hoje, trabalhando de representante comercial.
Continua adepto ao futebol, e como bom gaúcho, é torcedor fervoroso do Grêmio. Tem como ídolos: Cristiano Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, dois verdadeiros craques mundiais.
Analisando o atual estágio do futebol brasileiro, o Gaúcho afirma que atravessa um bom nível, tem vários times em ascensão, disputando o “Brasileirão”. De outro lado, com relação a Seleção Brasileira, o Gaúcho não está botando muita fé: “Não acredito que vai conquistar títulos tão já, o elenco está em formação e tudo ainda é uma incógnita”.
Ainda em ótima forma física, o Gaúcho arrisca a disputar partidas de Beach Tênis, por lazer e quando está com tempo disponível. Mas a sua grande diversão atualmente são as pescarias. Virou um “pescadô” em potencial . Até porque no Estado do Tocantins ainda tem rios de águas limpas e cristalinas, não poluídas e peixes em abundância. Então, bora pescar !!!
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