Wanderley `Tico´ Cassolla

Reportando ao nosso grande amigo, palmeirense, eterno radialista Nilson Bastos Bento, neste domingo, 5 de maio, foi dia de dar os “Parabéns para a nossa querida e adorada cidade de Garça”, que completou 95 anos de emancipação político-administrativa. Com certeza, caminhando, ou melhor, alçando voos livres, cada vez mais altos, superando desafios, se desenvolvendo cada vez mais rumo ao centenário. Como bem diz um trecho do seu hino oficial: “Avante Garça, pelo céu cor de anil, por teus filhos, por São Paulo, pelo Brasil”. A cidade que nasceu com o nome de Incas, depois Italina e finalmente, Garça, por inspiração do ribeirão, cuja nascente é no perímetro urbano. Outro fator determinante na escolha do atual nome, se deve à Companhia Paulista de Estradas de Ferro, que chegou na região no ano de 1928, e passou a nominar as cidades ao longo da ferrovia, com as letras do alfabeto em ordem crescente. Assim é que as cidades, a partir de Bauru, com destino a região da Alta Paulista, receberam os nomes de: Alba, Brasília, Cabrália Paulista, Duartina, Esmeralda, Fernão, Gália, Garça, Jafa, Vera Cruz, Lácio e Marília, e assim por diante. Vera Cruz era para receber o nome de Kentucky, seguindo o calendário da Cia. Paulista, mas a pressão dos vera-cruzenses barrou a mudança no nome.

Outrora nossa região era forte no setor agrícola, com destaque principal para a lavoura do café, a ponto de ser reconhecida como a “Capital Nacional do Café”. A forte geada do ano de 1975, praticamente acabou com os pés de café. A cidade sofreu um duro golpe. Aos poucos foi se reerguendo, mas diversificando suas atividades. A indústria eletrônica chegou para ficar, hoje Garça é reconhecida em nível nacional e internacional, como um importante “Polo de Eletro-Eletrônica”. A nossa principal atração turística é a Festa das Cerejeiras ou Cerejeiras Festival, que será realizada de 27 a 30 de junho, no Lago Artificial “J.K.Williams”, local onde foi realizado, na sexta-feira (3) o desfile noturno comemorativo ao aniversário.

 

DISTRITO DE GARÇA: 

Foi criado no dia 29 de dezembro de 1925 e era subordinado ao Município de Campos Novos Paulista. Até que no ano de 1928 foi elevado à categoria de município. No ano de 1936 foram criados os distritos de Santa Cecília (atual Álvaro de Carvalho) e Santo Inácio (atual Lupércio), e anexados ao município de Garça em 1944.

No ano de 1948 o distrito de Álvaro de Carvalho é desmembrado de Garça, elevado à categoria de município. Neste mesmo ano foi criado o distrito de Alvinlândia e anexado ao município de Garça. No ano de 1953, o distrito de Lupércio é desmembrado de Garça, e elevado à categoria de município. No mesmo ano o povoado de Jafa se transforma em distrito e anexado ao município de Garça. Em 1959 o distrito de Alvinlândia é desmembrado de Garça e elevado à categoria de município.

CURIOSIDADADES: 

Você sabia que até o ano de 1965, o aniversário da cidade era comemorado no dia 4 de outubro? A partir de 1966 a data passou a ser comemorada no dia 5 de maio, quando da instalação do município. Segundo informações do jornalista e corintiano Antônio Augusto Ávila Castro, o Tonhô, o evento ocorreu numa tarde de domingo. Tudo porque naquela época a população da zona rural era nitidamente superior a urbana, praticamente o dobro. O comércio funcionava aos domingos até às 12 horas, tudo para atender a clientela rural.

Nesta época, Garça possuía 11.275 habitantes. As mulheres eram maioria: 4.335 contra 4.050 homens, o restante eram crianças. De acordo com o Censo de 2010, a população era de 43.115, destas 39.192 morando na área urbana e 3.923 na zona rural. As mulheres continuam sendo maioria: 22.145 contra 20.970 homens. O último censo demográfico, realizado em dezembro de 2022, indicou uma população de 42.110 habitantes. Em 1929, por outro lado, Garça tinha 128 automóveis e caminhões particulares, 115 automóveis e caminhões de aluguel.

Em dezembro de 2023, decorridos 94 anos, a frota aumentou consideravelmente: 32.255 veículos, com 18.122 automóveis, seguidos de 6.944 motocicletas, 2.215 caminhonetes, 1.467 motonetas, 1.127 caminhonetas, 833 caminhões, 649 reboques, 214 utilitários, 137 caminhões-tratores, 137 ciclomotores, 108 microônibus, 127 ônibus, 2 sidecars e 15 triciclos, entre outros.

Outro dado interessante: Em 1929 havia 522 residências no perímetro urbano. Atualmente tem 7.811, aproximadamente. Em 1929 tinha 164 estabelecimentos comerciais, distribuídos entre 48 armazéns de secos e molhados, 9 hotéis, 13 bares, 10 botequins, 6 farmácias, 9 pensões, 11 postos de gasolina, 1 fábrica de gelo, 6 açougues, 3 serrarias, 7 máquinas de beneficiar café, 12 oficinas mecânicas, 9 salões de barbeiro, 6 médicos, 3 dentistas, 1 torrefação de café, 3 sapatarias e uma agência bancária, o Banco de São Paulo, 2 agências de automóveis (Ford e Chevrolet) e 2 clubes dançantes, dentre outros. Atualmente a cidade conta com 1.200 estabelecimentos comerciais/industriais. Em 1929 as ruas eram de terras, atualmente 95% das vias públicas são pavimentadas. Fontes: IBGE/Site do Município de Garça/Livro de Garça.

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