De 1.º de janeiro de 2024 até às 20 horas de ontem (25) os contribuintes de Garça já haviam desembolsado mais de R$ 8,3 milhões em impostos , conforme indicado pelo Impostômetro.

De 1.º de janeiro de 2024 até às 20 horas de ontem (25) os contribuintes de Garça já haviam desembolsado mais de R$ 8,3 milhões em impostos , conforme indicado pelo Impostômetro. Esse valor representa um aumento de 19,52% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o impostômetro, de janeiro a 25 março deste ano, às 20 horas, os garcenses pagaram exatos R$ 8.329.647,84 enquanto que, de janeiro a 25 de março de 2023, foram pagos R$ 6.969.109.21 em tributos.

“Esta é uma antiga constatação que, enquanto não tiver, de fato, uma reforma tributária, viveremos isso. O cenário pode ser ainda pior, pois os dados de 2023, fecharam até o final do dia 25 de março, e os dados deste ano, encerramos às 20 horas do dia 25 de março. Mas a contagem continuou e, certamente, hoje, ao acessar o impostômetro, veremos que a diferença é bem maior. Infelizmente é uma questão que só será resolvida através de ações políticas”, disse o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, Fábio Dias.

Segundo o dirigente garcense, a cobrança de impostos-tributos, é um mal necessário e acaba se transformando numa ‘faca de dois gumes’ . De um lado, o alto valor e a grande quantidade de impostos que prejudicam as empresas, onerando o empreendedor. Por outro lado, a necessidade dos governos – municipal, estadual e federal – de arrecadar para investir. 

“Fechamos 2023 cheios de expectativas com a reforma tributária que foi aprovada em dezembro. Mas até agora, já estamos em março e nada da regulamentação. A previsão era o Ministério da Fazenda enviar até abril projetos de lei complementar dos itens considerados essenciais para a reforma, como a unificação de impostos e o Fundo de Desenvolvimento Regional.  Sabemos que a reforma tributária é necessária porque o sistema tributário, da forma como está,  dificulta o crescimento econômico, eleva os custos das empresas, prejudica a competitividade, penaliza os investimentos e traz insegurança jurídica. Isso sem falar no cenário que se cria de uma  desvantagem aos produtos nacionais frente à competição no mercado externo”, falou ele.

De acordo com dados fornecidos pela Associação Comercial de São Paulo, a arrecadação total de impostos no estado também registrou um aumento expressivo, passando de R$ 193 bilhões em 2023 para R$ 232 bilhões em 2024, um acréscimo de impressionantes R$ 39 bilhões.

O Impostômetro, que acompanha a arrecadação de tributos em todas as esferas governamentais (municipais, estaduais e federais), incluindo impostos, taxas e contribuições, revelou também que os brasileiros estão destinando uma quantidade significativa de dias de trabalho para o pagamento de impostos. Em 2023, foram necessários 147 dias para quitar as obrigações tributárias, dois dias a menos do que nos anos anteriores.

A nível nacional, os números impressionam: até o dia 29 de fevereiro, os brasileiros já haviam contribuído com um total de R$ 654 bilhões em tributos. Desse montante, destaca-se a destinação de R$ 12,7 bilhões para o IPTU e R$ 12,4 bilhões para o IPVA, evidenciando a importância desses impostos na composição da arrecadação tributária do país.

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