Por volta das 10h da última terça-feira, 5, a Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar, cumpriu mandado de busca na residência de um aposentado de 30 anos, C.A.F.F., no bairro Araceli.

Por volta das 10h da última terça-feira, 5, a Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar, cumpriu mandado de busca na residência de um aposentado de 30 anos, C.A.F.F., no bairro Araceli. O portão da casa estava fechado e a polícia precisou sobrepor o portão para entrar. O morador estava deitado na cama e, segundo a polícia, é cadeirante.

Em um dos quartos, os policiais localizaram 1.333 pinos com cocaína, uma balança de precisão, um rolo de plástico filme, sete potes vazios de fermento em pó, diversas folhas de adesivos com desenho de bruxa, um caderno com anotações e um celular.

A investigação da Polícia Civil apontou que o acusado, que é deficiente físico, utilizava sua residência na Vila Araceli como ponto de venda de drogas. “A investigação apontou que ele armazenava e fracionava o entorpecente para o comércio”, disse o delegado Adriano Marreiro

“É uma pessoa que não tem passagem na polícia e por ser cadeirante passava despercebido, se tornando uma pessoa acima de qualquer suspeita. O traficante costuma aliciar esse tido de gente para trabalhar com mais tranquilidade, mas nós já captamos no radar, identificamos e desmantelamos esse esquema de tráfico”, falou o delegado, informando que Policia Civil de Garça fez uma grande apreensão de drogas, fruto de um trabalho conjunto da Polícia Civil com a Polícia Militar.

“Nós já víamos há algum tempo investigando esse indivíduo, que tinha uma movimentação estranha. Durante as investigações vimos que se tratava de um traficante, que armazenava droga em casa, que preparava a droga”, falou Marreiro.

De acordo com ele, a Polícia Civil, em razão das investigações feitas, representou junto à Justiça por um mandato de busca e, tendo o documento em mãos, foi deflagrada a operação, localizando grande quantidade de droga.

“Localizamos por volta de mil e trezentos pinos de cocaína, balança de precisão, insumos para incrementar a droga, fermento, que eles colocam na droga para render, etiquetas que eles colocam para marcar a droga com a marca do traficante. O êxito foi que a gente tirou de circulação grande quantidade de droga e o indivíduo que foi preso”, falou o delegado.

O que chamou a atenção, segundo o delegado, foram as etiquetas que os indivíduos colocam nos invólucros  para identificar a origem da droga. É, como se fosse, como disse o delegado, um selo de qualidade, identificando a origem da droga .

 

 

Tolerância Zero

 

“Foi um grande trabalho com o apoio da Polícia Militar que foi parceira no cumprimento dos mandatos. Não é fácil o trabalho de combate ao tráfico mas a gente segue com tolerância zero. Esse, esse é o nosso lema aqui em Garça , então prendemos desde o ‘traficantezinho’ lá da biqueira,  até o traficante que tem essa grande monta de drogas”, frisou o delegado, deixando um recado:

“Para aqueles que dizem que prender traficante é enxugar gelo, o pano nosso aqui é grande é enxuga bastante gelo. É tolerância zero mesmo, e a gente não deixa passar nada. Droga é a matriz de todos os outros problemas que são consequências como furto, violência doméstica, roubo. Tudo gira em torno da droga, então droga aqui é nossa ponta de lança. É o que a gente tem por meta de combater”, salientou.

O tráfico de drogas prevê uma pena de cinco a 15 anos, sendo uma pena que não admite fiança. A pessoa fica a disposição da Justiças e o juiz delibera sobre a liberdade provisória ou não.

Questionado, o acusado se manteve em silêncio. O cadeirante foi indiciado em flagrante pelo crime de tráfico de entorpecentes e recolhido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Álvaro de Carvalho.

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