
Ícone do rádio, o garcense e jornalista José Nello Marques morre aos 69 anos
Conhecido como uma das mais competentes vozes das rádios brasileiras, José Nello Marques morreu nesta quinta-feira (25), aos 69 anos. Destaque da Tupi, Jovem Pan, CBN, Globo, Capital e Gazeta, ele marcou época tanto como repórter, quanto apresentador.
Conhecido como uma das mais competentes vozes das rádios brasileiras, José Nello Marques morreu nesta quinta-feira (25), aos 69 anos. Destaque da Tupi, Jovem Pan, CBN, Globo, Capital e Gazeta, ele marcou época tanto como repórter, quanto apresentador. A causa da morte não foi divulgada pelos família, que informou somente a perda do ente querido.
Nascido em Garça, o jornalista começou sua carreira em sua cidade natal, aos 16 anos. Foi em 1973, porém, que ele teve sua oportunidade de ouro: Marques foi transmitido para todo o Brasil pela rádio Jovem Pan AM, onde virou um verdadeiro faz-tudo da emissora. Conhecido como Zé Nello, ele fez reportagem rodoviária, de trânsito urbano, policial, política, geral e econômica. Foi setorista da prefeitura, do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Militar, do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), do Palácio do Governo, no Morumbi (zona sul de São Paulo). Ele também se destacou como apresentador do Show da Manhã, São Paulo Agora, Plantão de Domingo 1ª Edição e do Plantão Esportivo Permanente, da Jovem Pan. Somente na Jovem Pan, ele fez uma carreira de 20 anos na emissora. Em 2012, foi contratado pela rádio Tupi de São Paulo, mas trabalhou também nas rádios Capital, Globo, CBN e Gazeta e tornou-se apresentador da Rádio Bandeirantes AM, de São Paulo, entre 1996 e novembro de 2008. A partir de então, ele passou a se dedicar exclusivamente à Rádio USP.
Sua carreira, porém, não é marcada apenas pelo rádio. O jornalista teve participações importantes na TV, em emissoras como a Record, Tupi, Manchete e Band. O jornalista nutria uma paixão pelo futebol, e já cobriu três Copas do Mundo. José Nello deixa a mulher e dois filhos, frutos de seu único casamento.
Durante sua carreira, o jornalista acumulou passagens por rádios como Globo, Tupi, Jovem Pan, Capital e Gazeta, além de ter participado da criação da CBN em 1991.
Trajetória
“José Nello Marques era apaixonado por futebol . Ele não escondia sua paixão pelo futebol e chegou a cobrir três Copas do Mundo. Na última semana o ilustre garcense e palmeirense completou 50 anos na carreira de radialista., José Nello Marques, que na última semana completou 50 anos na carreira de radialista. Um verdadeiro craque dos microfones do rádio/televisão, revelado aqui em Garça, para o Brasil e o mundo. Uma brilhante jornada, que começou no ano de 1.970, na extinta Rádio Clube de Garça e não parou mais. O destino do José Nello já estava traçado desde o nascimento. Não tinha outro caminho. Um garcense nato, filho do senhor José Maria e Dona Anita Maceloni, nasceu no dia 24 de setembro de 1954. Como ele sempre gostava de falar, com muito orgulho: “Tive a honra, a sorte e a benção de nascer na semana da comunicação, e fazer aniversário entre o dia do radialista (21/09) e o dia do rádio (25/09)”. O José Nello foi mais uma revelação dos microfones garcenses, assim como tantos outros, todas “crias” do também palmeirense Nilson Bastos Bento. Uma trajetória passando por várias emissoras, inclusive televisão. Senão vejamos: Rádio Clube de Garça, Rádio Verinha de Marilia, e a consagração definitiva em São Paulo: Rádio Jovem Pan (13 anos), Rádio Globo, Rádio Bandeirantes (16 anos), Radio Capital, Rádio Record e Super Rádio Tupi. Outra façanha: Durante 18 anos foi correspondente da internacional “A Voz da América”, emissora do governo dos Estados Unidos. Também fez incursão na televisão: Na Band, apresentou o programa “Acontece”, na Record, o “Filmando a Rodada. Durante estes 50 anos não só entrevistou, como conheceu personalidades diversas, artistas, cantores do Brasil e do mundo inteiro.
Jamais esqueceu suas origens, sempre procurando falar de Garça, sua querida e adorada terra natal. Até hoje é um verdadeiro embaixador da nossa “Sentinela do Planalto”. Isto até valeu um grande reconhecimento de nossas autoridades, pois através do Decreto Legislativo nº 04/2008, de autoria do vereador Cornélio Marcondes Moura, recebeu o título de “Cidadão Benemérito”. Com uma carreira plenamente consolidada nestes 50 anos, José Nello dizia que ainda tinha folego para mais “meio século”, relatou Wanderley Tico Cassola
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NOS MICROFONES: No começo dos anos 70, o rádio dominava o setor da comunicação nas cidades brasileiras. Em Garça a “bola da vez” era a Rádio Clube de Garça, a emissora “que ia até longe para fazer amigos”. O garotinho Zé Nello era goleiro do time de futsal do Pato Donald, cujo destaque era o Luiz Armando de Freitas Ferreira, “o canhão do time”, e que trabalhava na rádio. Entre uma e outra resenha, o José Nello falou que tinha vontade de trabalhar na rádio. De pronto o Luiz Armando, o apresentou ao Nilson Bastos Bento, que viu nele um bom potencial. No início era sonoplasta ou técnico de som, junto com o Zé Abrão. Ali foi se ambientando com os microfones. Não demorou muito foi para o plantão esportivo, depois dos jogos do Garça. Em seguida apresentou o programa “Operação Notícias’, substituindo Zancopé “Zento” Simões, que estava de mudanças para o rádio bauruense. Apresentou ainda programas de variedades musicais todas as tardes. Nos finais de semana era repórter de campo quando o Garça jogava.
Foram três anos, entre 1970 e 1.973, de muita satisfação a aprendizado. Em alta a nível regional, recebeu convite para ir trabalhar na Rádio Verinha, de Marília, onde ficou aproximadamente seis meses. Até que partiu: São Paulo, chegou e começou a trabalhar no mesmo dia. Novamente a ajuda de um amigo, o Zancopé Simões, foi decisiva. Ainda em Marilia, José Nello falou que queria conhecer a Rádio Jovem Pan, onde ele trabalhava de madrugada. Pronto, o Zento “fez o meio de campo”. O José Nello desembarcou em Sampa às 5 horas da madrugada e foi direto para a JP. Assim que terminou o programa, foram tomar café na padaria ao lado. Quis o destino que encontraram com o Fernando Vieira de Mello, diretor de jornalismo, no corredor da JP. O Zancopé fez as devidas apresentações e naquele mesmo dia, às 17 horas, o José Nello iniciava a vitoriosa e invejável trajetória no rádio paulistano.
NO FUTEBOL: Como na coluna tem que ter futebol, descobrimos que o José Nello também sonhou um dia ser jogador de futebol. O primeiro time foi o Pato Donald FC, time de futsal mantido pelo clube Nipo Brasileiro. Ele começou como goleiro, mas logo foi para a linha. Até porque com um corpo atlético e biotipo físico jamais podia ser goleiro. Canhoto, batia uma bola redondinha. Já na rádio clube, montaram o Expressinho RCG, numa alusão ao Escrete da Rádio Bandeirantes. Veja aí, umas das formações do memorável Expressinho RCG. Em pé da esquerda para direita: Jota Mara, Omar Neubenr, Clodoaldo Serzedelo, Nilson Bastos Bento, José Abrão, Roberto Fior e Murilo Proença. Agachados: Zancopé Simões, Luiz Armando, Toninho Marques, Jose Nello Marques e Sidnei Sampaio. Na época era o famoso time de “pelada” do Campo do Bosque Municipal. Hoje virou futebol suíço. No futebol amador, José Nello jogou no time do Rodoviário, Transribas e no Tiro de Guerra, então comandado pelo Sargento Adib. A carreira no futebol amador foi curta, pois a “derrota” para os microfones foi de goleada e definitiva.
NOTÍCIA TRISTE: “Recebemos a triste notícia do falecimento do Jose Nello Marques, ocorrido hoje (ontem) na cidade de São Paulo, aos 69 anos de idade. O Zé Nello foi um dos grandes radialistas, nascido e revelado aqui em Garça, nos áureos tempos da extinta Rádio Clube de Garça. Também foi um esportista nato e torcedor fervoroso do glorioso Palmeiras. Em Garça foi um dos primeiros praticantes do futebol suíço (pelada), quando defendeu o time do Expressinho RCG/Rádio Clube de Garça, depois jogou no amador no time do Rodoviário, Tiro de Guerra, Transribas e no Jambo. Um canhoteiro que batia redondinho na bola. No lado profissional fez sucessos no rádio paulistano. Também fez incursão na televisão. Zé Nello foi um radialista de muito respeito nos lugares onde passou, admirado e respeitado pelos colegas de profissão. Nos microfones não perdia a oportunidade de divulgar o nome de Garça. Como ele sempre gostava de falar com muito orgulho: “Tive a honra, a sorte e a benção de nascer na semana da comunicação, e fazer aniversário dia 24/09) entre o dia do radialista (21/09) e o dia do rádio (25/09)”. Zé Nello deixou o seu nome eternizado, não somente no futebol garcense, como também no rádio brasileiro !!!”, colocou Wanderley Tico Cassolla.
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