Pipas ‘invadem’ o céu da Sentinela do Planalto: é preciso cuidado com uso de linhas proibidas
As férias escolares ainda não foram anunciadas de fato, mas na periferia garcense o burburinho de crianças, jovens e até adultos soltando papagaios já vem causando transtornos.
As férias escolares ainda não foram anunciadas de fato, mas na periferia garcense o burburinho de crianças, jovens e até adultos soltando papagaios já vem causando transtornos.
“A gente até entende que as crianças estão brincando, mas tem muito marmanjo no meio das crianças. Mas elas invadem a casa da gente, não respeita nada, pula muro, sobe no telhado e ainda usam essas linhas que cortam”, falou moradora do Bairro Labienópolis.
O fato é que o que é lúdico e divertido pode acabar em tragédia se não for tomado os devidos cuidados.
“Infelizmente a gente não tem sossego nessa época. Isso porque não começaram ainda as férias. A gente fica muito preocupada, pois não são somente as crianças que fazem a bagunça. Soltar papagaio não é uma brincadeira infantil apenas, aqui no bairro sempre vejo jovens e até adultos empinando papagaios e não foi uma ou duas vezes que dei falei com ele, mas eles enfrentam a gente e não demonstram o menor respeito”, falou outro morador do bairro.
Vale lembrar que a brincadeira, que é legal e válida, praticada de forma incorreta traz muitos transtornos e, dentre as várias questões levantadas, inclusive pela Polícia Militar e pela Companhia Paulista de Força e Luz – CPFL, um dos itens mais recorrentes e preocupantes ainda é o uso da linha de cerol – nome atribuído a uma mistura de cola com vidro moído que é aplicado em linhas de pipas.
O uso de cerol na linha das pipas, é proibido tanto no campo quanto na cidade. Em São Paulo, a Lei 17.201/2019 proíbe o uso, posse, a fabricação e a comercialização de linhas cortantes compostas de vidro moído conhecido como cerol. Ela impõe multa de quase R$ 1,7 mil para a pessoa física que descumprir a norma, e no caso de comércios o valor chega a R$ 171,3 mil. O uso de cerol pode ferir motociclistas, ciclistas e animais, tendo sido o responsável por inúmeros acidentes e vítimas fatais.
A CPFL orienta também a não soltar pipas perto da rede e da fiação elétrica, preferindo os campos abertos ou parques, ficando sempre o máximo de distância que puder dos fios.
“Se a pipa enroscar nos fios de rede elétrica, nunca tente tirar. Ao puxar a pipa, os fios podem se tocar, o que pode provocar um curto-circuito ou rompimento dos cabos, levando à falta de energia e podendo causar ferimentos graves.
Se estiver chovendo, é hora de escolher outra brincadeira. Em dias com chuvas ou relâmpagos o risco de descargas elétricas aumenta”, coloca a CPFL.
Outra recomendação na hora de confeccionar a rabiola, é evitar linhas metálicas ou fitas magnéticas (de vídeo ou K7), pois elas são feitas de material condutor de eletricidade.
CUIDADOS
- Não solte pipas em dias de chuva, principalmente se houver relâmpagos;
- Evite brincar perto de antenas, fios telefônicos ou cabos elétricos. Procure locais abertos como praças e parques;
- Não faça pipas com papel laminado. O risco de choque elétrico é grande;
- Cuidado com ruas e lugares movimentados, principalmente quando andar para trás. Pode ter algum buraco ou pista;
- Se a pipa enroscar em fios, não tente tirá-la;
- Nunca use cerol ou a linha “chilena”, pois é crime. Lei Estadual – Nº 17.201, de 04 de novembro de 2019;
- Evite “rabiolas”, elas enroscam nos fios elétricos, desligando o sistema, provocando choques elétricos, muitas vezes fatais;
- Caso a pipa enrosque nos fios, não tente soltá-la. O melhor a fazer é desistir do brinquedo;
- Nunca tente resgatar uma pipa com canos, bambus ou laçar o brinquedo na rede elétrica com uso de linhas. Essas atitudes podem representar sério risco à vida;
- Não solte pipas em dias de chuva, com incidência de descargas atmosféricas (raios). Ela funciona como para-raios, conduzindo energia;
(Foto Reprodução Internet)
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