Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que, no fim deste ano, o pagamento do décimo terceiro salário terá totalizado R$ 267,6 bilhões.

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que, no fim deste ano, o pagamento do décimo terceiro salário terá totalizado R$ 267,6 bilhões. O montante é 6,2% maior do que os R$ 251,9 bilhões pagos ao longo do ano passado, já descontada a inflação. Considerando a primeira parcela do benefício, paga aos 89,8 milhões de beneficiários até 20 de novembro, e os descontos incidentes sobre o décimo terceiro salário, a segunda parcela deve injetar R$ 106,29 bilhões na economia. Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, Mauro José de Sá, o dinheiro, certamente, vai movimentar a economia garcense.

A injeção de recursos, de acordo com Mauro,  potencializa o poder aquisitivo das pessoas. Umas têm a oportunidade de saldar dívidas, enquanto outras podem adquirir produtos no comércio local e usufruir de mais serviços. Esse aumento na circulação de dinheiro contribui significativamente para a dinâmica econômica, estimulando o crescimento.

“Esses dias tivemos o pagamento da primeira parcela e muitos optaram por pagar contas, o que também movimenta a economia, visto que, ao quitar débitos o consumidor dá para a o lojista, para o empreendedor o crédito, a devolutiva de um investimento que ele fez. Há giro financeiro. Agora, tudo a segunda parcela será investida em compras”, falou o dirigente garcense. 

O estudo mostra que o valor médio do benefício equivale a R$ 2.980, revelando, portanto, avanço real em relação aos R$ 2.882 pagos em 2022.

Ao se pronunciar Mauro traz um otimismo verificado entre economistas e demais especialistas que acreditam que os gastos no comércio (R$ 37,35 bilhões) deverão voltar a liderar a intenção de alocação dos recursos oriundos da segunda parcela do décimo terceiro salário. A quitação e o abatimento das dívidas deverão consumir 34% dos recursos (R$ 35,97 bilhões), seguidos por gastos no setor de serviços (R$ 20,31 bilhões) e poupança (R$ 12,66 bilhões).

“Ao contrário dos dois últimos anos, o não predomínio de gastos na quitação ou abatimento de dívidas se justifica diante da inflexão na taxa de juros ao consumidor e do comprometimento médio da renda familiar. Embora o grau de comprometimento da renda médio dos brasileiros permaneça acima de 30% desde setembro de 2021, já há evidências de recuo desse indicador, de acordo com dados do Banco Central”, destaca a confederação. 

Segundo Mauro, o maior montante da segunda parcela do décimo terceiro salário, em relação ao ano passado, se deve ao aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho. 

“Tivemos um aumento de trabalhadores na ativa e para o comércio, a concentração da segunda parcela do décimo terceiro no mês de dezembro representa o período de maior aquecimento das vendas. 

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