Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Dois dos principais títulos do glorioso São Paulo FC, tiveram a participação de garcenses: o Campeonato Brasileiro de 1977 e a Copa do Brasil 2023.  

No Campeonato Brasileiro de 77, o “guapo” Waldir Peres, garcense nato, fechou o gol e garantiu o inédito título na cobrança de penalidades máxima. Com sua “catimba”, calou o Mineirão lotado, com 102.974 torcedores.

Agora na Copa do Brasil, decidida no último domingo contra o Flamengo – empate 1 a 1 -, foi a vez do preparador físico Celso Rezende, que mesmo não sendo um garcense nato, teve importante participação na preparação do elenco, culminando com o inédito título. A sua vitoriosa carreira como preparador físico começou aqui no Garça FC.

E como foi o primeiro título, que ninguém jamais esquece, Waldir Peres e Celso Rezende entraram definitivamente para a história do São Paulo FC. A conquista da Copa do Brasil, disputada desde o ano de 1989, foi bastante comemorada por toda nação são-paulina, em especial jogadores e dirigentes. Aqui em Garça no lago de Vila Williams, a galera tricolor compareceu pra valer e fez a festa.

Nos flagrantes Celso Rezende e o técnico Dorival Júnior, com o cobiçado troféu.  Na outra foto, Celso Rezende, todo orgulhoso, posando com a filha Bruna.

 

CARREIRA VITORIOSA:

Nascido em Mocóca, interior de São Paulo, Celso Rezende praticamente viveu sua adolescência e juventude na vizinha cidade de Álvaro de Carvalho. A paixão pelo futebol vem desde esta época, das reuniões com os amigos Peco e o irmão Artur, Cáia, Natal, Piqui, Deivinha, Carlão “Cavalo” e muitos outros. Nos anos 80, montaram o time do Álvaro de Carvalho, depois o CRAC (Clube de Regatas Álvaro de Carvalho) para disputar o amador garcense. O Celsinho foi um zagueiro com muita voluntariedade em campo. Já tinha espírito de liderança, por isto, dominando bem quando o assunto era futebol.

Nesta mesma época, começou a estudar na FEFIMA (Faculdade de Educação Física de Marilia) – atual UNIMAR -, também se destacando dentre os demais alunos. Prestes a se formar, conseguiu estágio no Garça. Inicialmente nos juniores, com o professor Ednalvo Cardoso de Andrade, depois foi para o time principal. Na ocasião o presidente do “Azulão” era Antônio Rodolfo Devito, que também atuava como jogador, quando necessário. A partir daí não parou mais, e vem fazendo uma vitoriosa carreira. Tudo graças a sua inegável competência, e também ao amigo Dorival Junior, técnico e profundo conhecedor do futebol. Podemos até afirmar, sem medo de errar, que `taí´ uma dupla, que começou no ano de 2001, no time do Figueirense, e sabe tudo de bola. Se os levássemos para dentro dos gramados, com certeza em muito lembram outras duplas famosas: Pelé e Coutinho ou Dudu e Ademir de Guia.   

Vamos recordar as principais conquistas do Celso Rezende, “O moço que veio de Mocóca para o mundo do futebol”: 1 Copa Libertadores com o Flamengo; 3 Copas do Brasil: Santos, Flamengo e São Paulo; 1 Campeonato Brasileiro no Vasco; 1 Recopa com o Internacional de Porto Alegre; 2 Campeonatos Paulistas pelo Santos; 3 Campeonatos Catarinenses no Figueirense; 1 Campeonato Paranaense pelo Coritiba; 1 Campeonato Gaúcho no Internacional, e 1 Campeonato Pernambucano, com o Sport Recife.

Antes de trabalhar com o Dorival Júnior foi campeão com o Gama, no Distrito Federal, com o Joinville em Santa Catarina, com o Parthakor, no Uzbequistão, e também com a Jalesense, na segunda divisão paulista, título este que ele considera como sendo o mais difícil na carreira.  

O Celso Rezende ainda foi preparador físico do Fortaleza, Criciúma/SC, Juventude/RS, Palmeiras, Avaí/SC, São Caetano/SP, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Fluminense e Ceará.

Recordamos uma das formações do Garça FC, na temporada de 1987. Em pé da esquerda para direita: José Pedroso (treinador), Cláudio, Tuca, Emílio, Walmir, Carlão “Cavalo”, Silvio goleiro, Rodolfo Devito, Nenê Miranda e Celso Rezende; agachados: Marquinhos, Araújo, Betinho Calegari, Márcio Gravatim, Reginaldo “Linguiça”, Cáia e Tião torcedor.

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