Lucas Dias
27/01/2020
Garça ACIG 

Comércio foi destaque na economia garcense em 2019

Enquanto o país comemora ter fechado 2019 com o maior saldo de emprego com carteira assinada em número absolutos desde 2013, Garça fechou o ano com uma queda de 183,33% na geração de novas vagas em relação ao ano de 2018.

Enquanto o país comemora ter fechado 2019 com o maior saldo de emprego com carteira assinada em número absolutos desde 2013, Garça fechou o ano com uma queda de 183,33% na geração de novas vagas em relação ao ano de 2018. No ano passado a Sentinela do Planalto perdeu 110 postos de trabalho. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregado – Caged, mostram que foram 3.466 contratações com carteira assinada, contra 3.576 desligamentos. Frente a 2018 as contratações caíram 0,94% enquanto as demissões aumentaram 6,20%. No entanto, nesse cenário desfavorável, os setores do Comércio e da Agropecuária se sobressaíram em terras garcenses e fecharam o ano com números positivos e animadores.

O setor do comércio mostrou uma recuperação e terminou o ano com a criação de 23 novas vagas no mercado formal. Foram 843 contratações e 820 desligamentos. Na comparação com o desempenho registrado em 2018, embora as demissões tenham tido um aumento (23,30%) as admissões com carteira assinada também apresentaram um incremento (26,79%).

“São dados que mostram uma recuperação do nosso comércio. Não foi um ano fácil, mas estamos num processo de recuperação. Em 2017 tivemos um registro positivo de 32 novos postos de trabalho, depois de registrarmos a perda de 23 postos no ano anterior. Chegou 2018 e, embora não tivéssemos registrado um saldo negativo, também não conseguimos gerar novas vagas, mas no ano passado demos este salto e fechamos o período com 23 novos postos de trabalho”, disse o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça – Acig, João Francisco Galhardo. 

De acordo com o gerente Fábio Dias, Garça tem se mostrado favorável a novos investimentos e muitos empreendedores estão apostando no município. 

“O que pudemos perceber é que muitos empresários estão voltando os olhos para Garça e isto é um sinal positivo, mostra que existe um campo favorável para os investimentos. Infelizmente tivemos o fechamento de lojas tradicionais, algumas de comerciantes que ajudaram a construir a história da cidade, outras de empreendedores novos que, apesar do esforço, não conseguiram prosseguir na área. Foi triste, mas, por outro lado, também assistimos novos investimentos no município. Foi uma rotatividade positiva, que resultou na geração de vagas”, falou Dias, lembrando que apenas dois setores tiveram desempenho negativo no ano passado em Garça (Indústria da Transformação e Construção Civil). No entanto, segundo ele, o destaque ficou para o Comércio e a Agropecuária.

O gerente salientou o investimento de grandes redes que passaram a atuar em Garça, como também o trabalho realizado pela Acig que, durante todo o ano, busca qualificar o comerciante garcense, trazendo palestras e possibilitando a participação em feiras nacionais.

“Muitos podem pensar que essa participações não meros passeios, mas é muito além disso. Nessas feiras os participantes têm contato com o que há de mais novo na área, além da possibilidade de fazer novos contatos, mostrar seus produtos. É uma troca de conhecimentos e uma forma de agregar naquilo que ele trabalha”, falou Dias, frisando que os números do Caged mostram que o setor do comércio empregou no ano passado 24,32% dos trabalhadores que tiveram registro formal de emprego.

Para o presidente da Acig, a economia ‘recuperou fôlego’ na cidade no ano passado e o crescimento nos setores de comércio e agropecuária representam uma esperança de dias melhores. 

“Percebemos que a intenção de consumo voltou a ser positiva. Nesse cenário, nesse aspecto temos que destacar a liberação do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço); Lei de Liberdade Econômica; Cadastro Positivo e reformas essenciais. Tudo isso refletiu de forma positivo entre aqueles que pretendiam consumir”, disse Galhardo.

Mesmo com o desempenho positivo no balanço de 2019, no mês de dezembro o resultado do comércio foi negativo, a exemplo do que ocorre quase todos os anos. Segundo o Caged, trata-se de uma característica do mês devido aos desligamentos dos trabalhadores temporários contratados para trabalhar durante o fim de ano, além da sazonalidade naturalmente observada nos setores de serviços, indústria e construção civil. Em dezembro de 2019 o comércio garcense contratou 69 trabalhadores, mas demitiu 85, terminando o mês com a perda de 16 postos de trabalho.

A expectativa, de acordo com Galhardo e Dias, é que a recuperação continue em 2020, e os números sejam mais positivos no final do ano. Para isso eles salientam a presença da Acig.

“O que nós queremos é o crescimento do nosso associado, da nossa cidade e de nosso munícipe. Um este inteiramente ligado ao outro. O que pretendemos, neste 2020, é intensificar as ações que tem feito da Acig uma parceira para o comerciante e também buscar novos caminhos. Sabemos novas ações são necessárias e para isso convidamos nossos associados para discutir junto com a diretoria, aquilo que acham necessários, pois como acreditamos, juntos somos mais”, finalizou Galhardo.


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