Lucas Dias
27/01/2020
Garça ACIG 

2019: setor de Agropecuária registrou aumento de 296% na geração de vagas formais de emprego em Garça

Junto com o setor de Comércio, a Agropecuária foi outro setor de destaque no ano passado em Garça. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que no ano passado o setor registrou um aumento de 296,4% na geração de postos de trabalho no mercado formal de emprego, na comparação com o ano de 2018.

Junto com o setor de Comércio, a Agropecuária foi outro setor de destaque no ano passado em Garça. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que no ano passado o setor registrou um aumento de 296,4% na geração de postos de trabalho no mercado formal de emprego, na comparação com o ano de 2018. Os números mostram que as contratações com carteira assinada aumentaram 17,57% e as demissões caíram 7,39%. Em 2018 foram 660 contratações contra 717 desligamentos, terminando o período com a perda de 57 postos de trabalho. No ano passado foram 776 contratações, contra 664 desligamentos, o que resultou na geração de 112 novos postos de trabalho.

Longe da figura do ‘boia-fria’ que nas vilas fazia seu ponto de partida para as lavouras cafeeiras, a agricultura em Garça se diversificou e a cafeicultura vem somando à referência que já tinha, uma singularidade extra. A mecanização faz parte do cenário, assim como a necessidade de trabalhadores qualificados. Nos pastos a pecuária é outra atividade econômica que ganhou espaço na Sentinela do Planalto. 

A banana, a borracha, o coco, o limão, a laranja, a manga, o maracujá, o palmito, a pupunha dividem com o café, as terras garcenses no plantio de lavouras permanentes. Mas as lavouras temporárias também conquistam status e já se sobressaem. Na terra do café, também se planta soja. Em 2017 foram 1.251 toneladas, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Conforme colocado pelo gerente da Associação Comercial e Industrial de Garça – Acig, Fábio Dias, a especialização do café garcense, com foco para exportação e a diversificação da cultura são fatores que levam a uma maior valorização de mão de obra especializada e que, no ano passado, foi muito requisitada.

“Nosso cenário na agropecuária é diversificado e importante. Muitos enxergam Garça apenas como a terra do café, quando se fala em agropecuária. No entanto temos um efetivo de rebanho bovino que em 2017, segundo IBGE, era de 33.839 cabeças. Tudo isso envolve mão de obra e as pessoas pensam apenas no trabalhador que está na terra. Tem em mente a ideia do lavrador. No entanto temos os trabalhadores que trabalham com os maquinários, e que precisam se especializar, aqueles que mexem com o rebanho, entre outros”, disse Dias.

Voltando ao assunto do café, que pode ser um dos responsáveis pelo desempenho positivo do setor no ano passado, junto com a pecuária, Dias lembrou que nos últimos dois anos, Garça vem registrando números mais que animadores relacionados à exportação do produto.

“No ano passado a exportação do café em Garça bateu recorde histórico. Em 2018 já tenha um aumento expressivo no volume, com um recorde de 194 mil sacas. Em 2019 foi alcançado um novo recorde, com a remessa de 358,4 mil sacas para 27 países diferentes”, disse ele, lembrando que nesse cenário a Acig ofereceu no ano passado o curso de Barista para ser realizado em Garça.

Para o gerente, isso reflete diretamente na contratação de mão de obra e na manutenção dessas portas de trabalho.

“Nós oferecemos o curso de Barista que é um profissional especializado em cafés de qualidade, que trabalha criando e desenvolvendo novas bebidas à base de café. É um mercado amplo e o escopo desta profissão vai muito além e o mercado de trabalho está pronto para receber este profissional", falou Galhardo.


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