Fábio Dias
29/08/2019
Garça 

Crescimento populacional em Garça fica nulo entre 2018-2019

Ontem, dia 28 de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Ontem, dia 28 de agosto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2019. Os números mostram que Garça não apresentou crescimento populacional entre 2018 e 2019. De acordo com os números divulgados, em 1.º de julho do ano passado, a população estimada na Sentinela do Planalto era de 44.370 moradores e, em 1.º de julho deste ano, os números apontam uma população de 44.390 residentes. Os 20 moradores a mais, projetados para este ano não possibilitam que a taxa de crescimento geométrico 2018-2019 na cidade, saia do 0,0%.

O instituto estima-se que o Brasil tenha 210,1 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,79% ao ano, apresentando queda do crescimento quando comparado ao período 2017/2018, conforme a Projeção da População 2018.

Conforme colocou o gerente da Associação Comercial e Industrial de Garça (Acig), Fábio Dias, os números mostram uma estagnação da população garcense, mas o que se observa é que eles não consideram o público estudantil que em Garça é considerável.

“As estimativas são feitas, embasada numa série de critérios, dentro de um procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios. O que a gente chega a pensar é que o método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. Quem participou da coleta de dados do censo em 2010, sabe que os estudantes universitários, que moram em Garça e que, de certa forma movimentam a economia local, haja vista que incrementam o mercado imobiliário, o setor supermercadista, o setor de serviços em geral, não são contabilizados como população do município. Acredito eu que isto influencia nas projeções”, disse ele.

Segundo o IBGE, cerca de 66,5 milhões de brasileiros (31,7%) residem nos 48 municípios com mais de 500 mil habitantes (0,9% dos 5.570 municípios). As Estimativas de População 2019, divulgadas nesta quarta-feira, mostram que os municípios que mais crescem possuem entre 100 mil e 1 milhão de habitantes e que, quanto menor o município, menor a taxa média de crescimento. Já os municípios muito grandes, acima de 1 milhão de habitantes, apresentam um crescimento ligeiramente abaixo da média do Brasil.

“Isso ocorre porque há grandes incentivos para a emigração dos municípios pequenos para os municípios maiores, que possuem mais ofertas de trabalho, serviços e estudos. Por outro lado, os grandes municípios, embora apresentem maior dinamismo econômico, também possuem fatores de expulsão populacional, como o maior custo de vida. Deste embate de forças, os municípios próximos aos grandes centros urbanos acabam absorvendo maior parcela da população que se desloca em busca de melhores condições de vida”, esclarece Izabel Marri, gerente da pesquisa.

Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro com a menor população, 781 habitantes, seguido de Borá (SP), com 837 habitantes, e Araguainha (MT), com 935 habitantes.

As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.

As populações dos municípios foram estimadas por procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios. O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.

A tabela com a população estimada para cada município foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) de ontem, dia 28 de agosto.

 

 

Gália e Vera Cruz apresentaram crescimento populacional negativo

 

A divulgação feita nesta quarta-feira, 28, mostra que dos 5.570 municípios do país, 28,6% apresentaram redução populacional. Aproximadamente metade (49,6%) dos municípios tiveram crescimento entre zero e 1% e apenas 4,8% (266 municípios) apresentaram crescimento igual ou superior a 2%.

O grupo de municípios com até 20 mil habitantes apresentou, proporcionalmente, o maior número de municípios com redução populacional. Já no grupo de municípios entre 100 mil e um milhão de habitantes, está presente a maior proporção de municípios com crescimento superior a 1% ao ano. Os municípios com mais de um milhão de habitantes concentram crescimento entre zero e 1% ao ano.

Na região as cidades de Gália e Vera Cruz apresentaram redução populacional. A primeira teve uma redução de -1,0% enquanto segunda teve uma queda de 0,2%. As demais cidades da região tiveram aumento populacional.

Na comparação com o censo de 2010, em nove anos Garça apresentou um crescimento populacional de 2,952%, apontando 1.275 pessoas a mais que as 43.115 registradas em 2010.


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