Fábio Dias
26/06/2019
Garça 

Cerejeiras Festival 2019 começa amanhã: expectativa é de receber milhares de visitantes 

Começa nesta quinta-feira, 27, a 33.ª edição do Cerejeiras Festival e a expectativa é de que, mais uma vez.

Começa nesta quinta-feira, 27, a 33.ª edição do Cerejeiras Festival e a expectativa é de que, mais uma vez, o local seja marcado pela presença de milhares de turistas. A festa prossegue até o domingo, dia 30 de junho e, em quatro dias a diversidade de cores, sabores, cheiros e apresentações, confirmará a grandiosidade do evento na cidade.

Se as flores, ao que tudo indica, estarão presentes, com seu rosa, seu branco e seu encanto, muitos hão de lamentar a ausência de Nelson Koshe Ischisato – Pai das Cerejeiras – que morreu no início do mês. Foi do sonho desse imigrante, que tudo começou em 1979.

Na terra do café, que impregna o ar com o perfume de suas flores brancas, o brilho rosa das flores das Cerejeiras mostra um pouco da beleza contida no País do Sol Nascente. O plantio das mudas feito por Nelson Ischisato foi mais que a realização de um sonho ou o “matar” de saudades, e de repente uma nova tradição se formou: a Festa da Cerejeira na Sentinela do Planalto.

Em meio a uma heterogeneidade de raças, credos, gostos e cores, é possível contemplar pedaços da cultura nipônica, tão cheia de significados, tão marcada pela resistência. Os flashs buscam perpetuar as flores tão perenes, e cada espaço passa a ser disputado para o melhor ângulo.

Garça e região se rendem aos encantos da flor de cerejeira (sakura), e a festa é um acontecimento anual aguardado por todos. A floração das cerejeiras marca, no Japão, o final do inverno e simboliza a fragilidade da existência humana. O amor pelas cerejeiras no país é enraizado na sua antiga história, pois desde os tempos dos samurais, esses guerreiros apreciavam a frugalidade e beleza dessas flores, que identificavam como uma alegoria de sua própria existência. Os próprios kamikazes, pilotos suicidas japoneses da Segunda Guerra Mundial, levavam uma flor desta árvore antes de se atirarem com seus aviões em um ataque mortal contra os barcos inimigos. Hoje em dia, costume se resume em encontros familiares, de amigos e colegas de trabalho na sombra das cerejeiras. Que em Garça, o toque dos tambores, os sabores ímpares da culinária japonesa, a magia da dança nipônica sejam detalhes desta festa onde as cerejeiras são as estrelas principais.

E que o espírito de confraternização, embutido na sakura, faça parte deste enredo onde a miscigenação só deu um colorido a mais. Na foto ‘Seu” Nelson em meio as flores que tanto amou.  (Com informações – Jornal Comarca de Garça)


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