Lucas Dias
05/02/2019
Garça ACIG 

Acig lança plano para combater a Dengue no centro comercial em parceria com Secretaria de Saúde


Engana-se quem pensa que uma associação comercial tem como foco apenas os associados. Engana-se também quem pensa que o contexto social não influencia nas ações de uma associação comercial.

Engana-se quem pensa que uma associação comercial tem como foco apenas os associados. Engana-se também quem pensa que o contexto social não influencia nas ações de uma associação comercial. Não se pode dissociar uma Associação Comercial de todo o contexto em que ela está inserida. Assim, mais uma vez, imbuída de seus propósitos, a Associação Comercial e Industrial de Garça (Acig), numa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, Setor de Vigilância Sanitária, entra ‘na guerra’ contra o Aedes Aegypti e lança plano para combater a dengue no centro comercial.

A partir do dia 18 de fevereiro, a batalha se intensifica com a colocação de caçambas no centro comercial e a visita de agentes comunitários de Saúde, vistoriando os locais.

“Nós tivemos a notícia, e chegamos a divulgar, da confirmação de dois casos positivos da doença em nossa cidade. Por outro lado, as cidades da região já somam vários casos e muitos garcenses circulam por tais cidades. Já tínhamos os planos de realizar ações com esse foco e assim, nos juntamos a Secretaria de Saúde, uma vez que o objetivo é o mesmo, combater a dengue em nossa cidade”, disse o gerente da Acig, Fábio Dias.

Segundo ele, existe sim a preocupação com o centro comercial e, neste momento, cada um deve atuar em sua área. Assim, num trabalho semelhante ao realizado em 2015, a Acig vai colocar caçambas em alguns quarteirões para que os comerciantes depositem os entulhos retirados após limpeza nos quintais dos estabelecimentos e nos estabelecimentos.

Para o presidente da Acig, João Francisco Galhardo, é imprescindível que cada associado, que cada empresário, entre nessa batalha, faça a sua parte e mantenha seus quintais e seus estabelecimentos sem focos do mosquito.

“Todos temos o dever de participar desse trabalho, uma vez que representamos um grande segmento da sociedade. Com isso pedimos que os comerciantes se conscientizem e realizem a limpeza em seus quintais, nos locais em que atuam. Todo material deve ser depositado nas caçambas que estamos disponibilizando”, disse Galhardo.

Dias salientou o empenho da enfermeira responsável pelo setor de Vigilância Sanitária, Edna Semenssato de Oliveira, e frisou que durante as vistorias os agentes estarão devidamente identificados.

 

Trabalhos começam pela Rua Santos Dumont: associação pede colaboração dos empresários


Explicando a lojítica dos trabalhos que serão realizados, o gerente da Acig, explicou que cerca de 20 quadras terão seus imóveis vistoriados.

“A equipe de Vigilância Sanitárifa fará a vistoria e o que pedimos é que os empresários facilitem esse trabalho. O objetivo é o bem de donos. Ninguém pensa em punir ninguém. Queremos apenas não sermos vitimados por um mosquito. Queremos o combate e a cidade livre de uma epidemia. Não objetivamos multa, mas é importante lembrar que a legislação municipal prevê a cobrança de multa àqueles que não limpam seus quintais. Estamos trabalhando também para evitar multas”, falou Dias.

O gerente explicou que os agentes estabelecem o trabalho por quadras e não por ruas, e tudo indica que consigam vistoria cinco quadras/dia.

“Os proprietários terão as caçambas a disposição para colocarem os materias retirados. Existe um prazo para que essas caçambas fiquem a disposição, mas todo o custo será arcado pela Associação Comercial”, disse ele.

Conforme o roteiro, os trabalhos terão inicio no dia 18 de fevereiro, uma segunda-feira, pela Rua Deputado Manoel Joaquim Fernandes até a Rua Santos Dumont. De lá a equipe segue em direção a Rua Tiradentes e depois para a Rua Coronel Joaquim Piza – Centro.

Aos comerciantes ‘o trabalho’ depositar

entulhos retirados após limpeza nos estabelecimentos.

Conforme colocado por Dias, um dos problemas enfrentados pelo setor de Saúde é a não colaboração da população com a falta de limpeza dos quintais e até mesmo com proibição para que os agentes de saúde realizem de fato o trabalho de busca e controle de criadouros.

“É muito importante esse trabalho de fiscalização, pois os agentes poderão adentrar nos estabelecimentos e mostrar aos comerciantes o que pode se tornar um criadouro e o que de fato resulta na proliferação do mosquito da dengue. Não podemos perder essa ‘guerra’ pela falta de colaboração da população e por falta de limpeza em quintais”, frisou Dias.

 

 

Afastamentos de trabalho por dengue prejudicam economia


Outro ponto importante lembrado por Fábio Dias diz respeito as consequências econômicas que a dengue acarreta. Não é apenas um problema de saúde.

“O funcionário que for contaminado tem que se afastar do trabalho para cuidar da doença e isso prejudica as empresas. O funcionários doente custa para o comércio, para o município”, disse ele

Dias lembrou que em alguns anos, quando a doença aumentou na cidade, algumas empresas diminuiram o quadro de funcionários na ativa, fazendo com que setores da economia sentissem os efeitos colaterais do surto.

“As indústrias sentiram muito em 2015, e afetou a base comercial. Um trabalhador afastado, que no seu dia a dia depende de comissões, tem menos dinheiro no final do mês, e consequentemente haverá menos capital girando. Isso sem falar em questões como pagamento de contas e gastos com medicamentos”, disse Dias.

O gerente da ACIG ressaltou que o plano de ação de combate à dengue deve ir além, visando uma conscientização da população.

 

 

 


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