Carlão da Eletrônica: 80 Anos - Por Tico Cassolla
“Agora o Carlão é oitentão, um homem feliz e campeão”. Esta com certeza é a melhor frase para definir o garcense, corintiano e repentista Carlos Alberto Leite de Moraes, desde o último dia 22 de janeiro, quando completou mais um ano de vida.
“Agora o Carlão é oitentão, um homem feliz e campeão”. Esta com certeza é a melhor frase para definir o garcense, corintiano e repentista Carlos Alberto Leite de Moraes, desde o último dia 22 de janeiro, quando completou mais um ano de vida.
Nós que conhecemos o grande Carlão da Eletrônica de longa data sabemos como ele é querido em nossa comunidade. Aqui nasceu no dia 22/01/1939, aqui ficou. Filho do casal Cícero Correia Leite de Moraes e Sebastiana Santos Moraes, o Carlão também ama como ninguém sua querida Garça. Aqui construiu sua vida de trabalho, familiar e esportiva. Começou ainda garoto a trabalhar no Cartório do Registro Civil (na época ficava na Pedro de Toledo), na Ultragaz e em vários estabelecimentos de bares. Até que no ano de 1.968, foi convidado pelo Sr. Antonio Sganzella para trabalhar na Eletrônica e não saiu mais. No início a loja era na Rua Barão do Rio Branco, depois na Rua Heitor Penteado, ambas bem no centro da cidade. De empregado passou a ser o proprietário, onde ficou até o encerramento das atividades em meados de 2.017. Com seu carisma e gentileza no atendimento aos clientes ficou carinhosamente conhecido como o “Carlão da Eletrônica”.
No âmbito familiar casou com a Maria Ligia Sganzella Leite de Moraes, no dia 18 de maio de 1.963. O casal tem duas filhas: Lilian e Miriam, os genros Pedro Gimenes e Bernardo Bengstsson, e dois netos: Thomas e Nicholas.
Na vida esportiva, além de corintiano, o Carlão foi dirigente e jogador do time da Eletrônica, agremiação tradicional no futebol suíço garcense. Um dos pioneiros da modalidade. A Eletrônica foi fundada no dia 01/04/1971 e demorou exatos 23 anos para ganhar o primeiro e único de título de campeão, no ano de 1.994. 0 time ficou em atividades cerca de 30 anos de forma ininterrupta, sempre montando um grupo onde prevalecia mais a amizade do que a meta de ser campeão.
Quanto ao Carlão foi um zagueirão (lateral direito), que chutava pra tudo quanto é lado. “Pra frente, pra trás, pra cima e pro mato, quando o jogo é de campeonato”, esta era a sua máxima no futebol. Nunca foi expulso de campo. Ao longo dos anos recebeu várias homenagens da comunidade esportiva garcense e clubes de serviços.
Recordamos uma das formações da Eletrônica, de meados dos anos 80. Em pé da esquerda para direita: Dagoberto, Carlos Alberto, Magno "Bidu", Carlão, Carlinhos Polícia, Adão, Rachid e Rachidinho (mascote); agachados: Acácio, Zé dos Santos, Zézo, Nicola Rosário, Tonhá e Aníbal Bonfim. Foto “tirada” no Campo do Garça Tênis Clube.
FRASES DO CARLÃO: No ano de 2.007, o Carlão perpetuou ainda mais seu nome, ao escrever um livro “Seja o que Seja”, com ensaios, poemas e outras reflexões, com suas épicas frases de efeitos. A mais célebre: “Seja o que seja, cachaça ou cerveja”. E tantas outras: “Para ser feliz é preciso respirar pelo nariz”, “Pobreza bem administrada, pátria bem sossegada”, “Não existe riqueza eterna, nem pobreza perpétua”, “Que o trabalho não seja um mal permanente, mas que seja uma fonte de bem-estar para sempre”, “os fundos dos vales tornam-se melhor conhecidos das montanhas”, “Toda ação provoca reação. O rio puro que nasce na montanha as vezes, termina no mar de lama”, “Ficamos batendo pandeiro e sempre sem dinheiro”, “Na persistência é que se mostra a eficiência”, “Pequenos defeitos, grandes efeitos”, E termina com outra famosa, contrariando sua performance no futebol, onde nunca marcou um gol sequer na carreira, seja a favor ou contra: “Carlão em campo, não há placar em branco”.
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