Lucas Dias
20/11/2018
Garça 

Dengue: Garça pode viver uma nova epidemia no ano que vem

A preocupação é clara e muitos ainda se lembram de 2015, quando Garça registrou mais de mil casos de dengue.

A preocupação é clara e muitos ainda se lembram de 2015, quando Garça registrou mais de mil casos de dengue. O medo, numa situação real de perigo, é que a cidade não está imune a viver uma nova epidemia da doença no ano que vem. Conforme divulgado, a Secretaria Municipal de Saúde está preocupada com o alto Índice de Breteau (IB) verificado nas residências dos garcenses na segunda quinzena de outubro, indicando que pode haver uma epidemia de dengue em 2019.

A equipe da Vigilância em Saúde aplicou autuações nos últimos dias, mas o objetivo principal é eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, para evitar a contaminação de doenças como a dengue, chikungunya e zika vírus.

Edna Semenssato de Oliveira, diretora da Vigilância em Saúde de Garça, comentou que o número de larvas localizadas nas residências é muito grande, e mesmo com uma atuação intensa da equipe é imprescindível a participação da população. Um dos grandes problemas é o acúmulo de água em recipientes, formando os criadouros do mosquito que transmite doenças graves.

“O número é alto e precisamos da colaboração da população para evitar uma epidemia. Estamos realizando vistorias nos imóveis, mas não tem como estar em todo o lugar ao mesmo tempo. Quando flagramos as larvas do mosquito em água parada nas casas, nós autuamos os moradores, mas esse não é o nosso objetivo. Queremos que as pessoas se conscientizem do perigo de deixar água parada em suas casas”, disse Edna.

Neste ano, até o final da última semana, apenas dois casos de dengue foram confirmados, sendo um autóctone (contraído no município) e outro importado. Em 2017 foram cinco registros, com três autóctones e dois importados. Garça teve 13 casos de dengue em 2016, sendo nove autóctones e quatro importados. Nos últimos anos, 2015 foi o que apresentou o maior número de casos de dengue, com 1.405 casos autóctones e três importados.

Em Garça, o Índice de Breteau verificado foi de 5,03. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), índice menor que 1 é considerado “tolerável”, de 1 a 3,9 é considerado “situação de alerta”, e superior a 4 é “risco de surto”. O IB é um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nas habitações humanas pela quantidade de total vistoriada. É utilizado no Brasil para a determinação de infestação do mosquito Aedes Aegypti.

O prefeito de Garça, João Carlos dos Santos, determinou a organização de uma comissão composta pelo chefe de gabinete, Cássio Adonis de Santi Siqueira; diretora da Vigilância em Saúde, Edna Semenssato; secretário de Comunicação, Fábio Bonassa; secretária de Saúde, Natalli Gaiato Cruz; e secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Victor Mafud, para traçar estratégias com urgência, com o objetivo de evitar possível epidemia.

Vale lembrar que os agentes de Saúde continuam com as visitas nas residências, orientando moradores e verificando a presença de larvas do mosquito. Diversas autuações já foram feitas e a partir da próxima semana, várias ações serão realizadas nas Unidades de Saúde da Família, alertando a população sobre os riscos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.


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