Lucas Dias
25/09/2018
Garça ACIG 

Garça registrou queda de 230% na geração de postos de trabalho em agosto

No mês passado Garça voltou a registrar queda na geração de vagas no mercado formal de emprego.

No mês passado Garça voltou a registrar queda na geração de vagas no mercado formal de emprego. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social na sexta-feira (22), no mês de agosto a Sentinela do Planalto fechou 139 postos de trabalho, o que representou um aumento de 230,9% na comparação com julho quando a cidade perdeu 42 portas de trabalho. De um lado as contratações com carteira assinada tiveram um desempenho negativo e caíram 2,8% na comparação com o mês anterior enquanto as demissões aumentaram 30,82%. Foram, segundo o Caged, 243 contratações com carteira assinada, contra 382 desligamentos. No mês de julho último foram 250 contratações e 292 demissões. As contratações em junho totalizaram 213 novos registros contra 211 desligamentos.

Na comparação com agosto do ano passado, o cenário também não se mostra favorável. As contratações caíram 11,3% e as demissões aumentaram 16,81%. Em agosto de 2017 o cenário do mercado formal de emprego em Garça apontou 274 contratações com carteira assinada, contra 327 desligamentos. Naquele período foram fechadas 53 portas de trabalho o que mostra uma queda de 162% em agosto deste ano, comparando os períodos.

Os números são reflexos de uma luta diária do setor econômico para se manter no cenário e vencer a crise sócio econômica.

Nos oito primeiros meses de 2018 Garça contratou 2.492 trabalhadores com carteira assinada enquanto 2.077 foram demitidos. De janeiro a agosto deste ano foram criadas 415 novas vagas de emprego. O número representar um aumento na geração de vagas de 49,8% na comparação com os primeiros oito meses de 2017.

As contratações neste ano registram um aumento de 7,32%, mas as demissões também aumentaram 11,56%. Segundo os dados apresentados, entre janeiro e agosto de 2017 foram contratados 2.322 trabalhadores com carteira assinada e demitidos 2.045.

De acordo com o Caged, o emprego formal no Brasil apresentou expansão em agosto de 2018, da ordem de +110.431 postos de trabalho, equivalente à variação de +0,29% em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu de 1.353.422 admissões e de 1.242.991 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de +568.551 empregos, representando variação de +1,50%. Nos últimos doze meses, verificou-se acréscimo de +356.852 postos de trabalho, correspondente à variação de +0,94%

 Este é o oitavo mês consecutivo em que o número de novos contratos de trabalho supera as demissões em nível nacional. Segundo o ministério do Trabalho, o mercado formal tem apresentado resultados positivos no acumulado do ano e nos últimos doze meses.

 


Destaque positivo em Garça ficou para a Construção Civil, Serviços  


Este ano, com um saldo de meio milhão de novos empregos, o país registra bons resultados em praticamente todos os setores de atividade econômica, como indústria de transformação, serviços e agricultura. A exceção no país é o setor de comércio, impulsionado pelas demissões no comércio varejista. Em Garça os setores da Construção Civil e de Serviços fecharam o mês de agosto com saldo positivo de vagas e se destacaram no mercado formal de emprego. A Construção Civil fechou o mês de agosto com a criação de 19 postos de trabalho e a área de Serviços trouxe para a cidade 21 novos postos de trabalho. Na outra ponta, perdendo postos formais de emprego, ficaram os setores da Indústria da Transformação que fechou 15 postos de trabalho e a Agropecuária que terminou o mês de agosto, perdendo 170 vagas formais de emprego.


Comércio garcense mostrou recuperação no mês passado

 

Outro destaque na Sentinela do Planalto foi a atuação do Comércio que depois de três meses enfrentando perda de vagas formais de emprego, no mês de agosto fechou o período com a geração de quatro novas vagas.

“O número pode parecer pequeno, mas não é. Se formos analisar desde o início do ano, somente nos meses de março, abril e agora em agosto que tivermos saldo positivo. São quatro novas portas de trabalho que foram abertas e é uma recuperação”, disse o gerente da Associação Comercial e Industrial de Garça (Acig), Fábio Dias.

Entre janeiro e agosto o setor do comércio perdeu 47 postos de trabalho e, segundo Dias, é o reflexo de uma recessão que ainda não acabou. No entanto, nos últimos 12 meses, os números apontam a geração de seis postos de trabalho.

“Temos uma série de fatores que influenciam nesse desempenho. Hoje (ontem) a expectativa era de que a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingisse a marca de R$ 1,7 trilhão na noite desta segunda-feira (24), às 23h30. O valor representa o total de impostos, taxas e contribuições e multas que a população brasileira já pagou aos governos municipal, estadual e federal desde o início do ano. Somente em Garça, até às 18 horas de ontem já tínhamos pago R$ 15.696.290, 00 em impostos.  É um efeito cascata”, falou o gerente garcense lembrando as dificuldades pelas quais passam os consumidores e os lojistas e citando números do Impostômetro que foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade.

Dias informou que entre 1.º e 24 de setembro o garcense já pagou R$ 3. 380.133,00, mas os números do Caged mostram uma recuperação no setor e isso é importante.


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