Emprego: queda na geração de vagas em fevereiro foi de 90%
No mês passado o número de vagas no mercado formal apresentou uma queda de 90,10% na comparação com o mesmo período no ano passado
No mês passado o número de vagas no mercado formal apresentou uma queda de 90,10% na comparação com o mesmo período no ano passado
No mês passado, três fortes setores da economia garcense – indústria da transformação, comércio e agropecuária-, demitiram mais do que contrataram. Na somatória o emprego formal ainda conseguiu fechar o período com saldo positivo de vagas, mas não evitou uma queda de 90,10% na comparação com fevereiro de 2015. Quando se dizia estar no ‘auge” da crise, a Sentinela do Planalto fechou o mês com a geração de 293 novas vagas. Agora, no “auge da crise da política nacional”, Garça registra a criação de 29 novas vagas no mercado formal de emprego. Foram 289 contratações no mês passado, contra 260 desligamentos.
O agravamento da crise econômica fez fevereiro registrar uma queda de 57,37% nas contratações, ante o cenário registrado em 2015. No entanto as demissões também apresentaram, no mês passado, uma queda de 32,46%. Os dados foram divulgados ontem, 22, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e mostram ainda que a economia garcense nesses dois primeiros meses caminha de forma tímida na comparação com o mesmo período de 2015.
Entre janeiro e fevereiro de 2016, Garça contabilizou a criação de 52 novos postos de trabalho. No mesmo período do ano passado foram criadas 237 novas oportunidades. O número leva em conta a diferença entre demissões e contratações. Nesse ano a cidade contabiliza a contratação com carteira assinada de 586 trabalhadores, mas 534 acabaram perdendo o emprego. Em 2015, nos dois primeiros meses, as atividades econômicas no município responderam por 1.038 contratações com carteira assinada e 801 desligamentos.
Três setores da economia garcense demitiram mais do que contrataram em fevereiro, com destaque para indústria da transformação ( -24 vagas), agropecuária (- 15 vagas) e comércio (-5 vagas). Os setores que registraram mais contratações que dispensas foram a administração pública, que criou 48 postos de trabalho no mês passado, serviços (+ 17 vagas), construção civil (+ 7 postos de trabalho) e serviços industriais de utilidade pública (+1 vaga). Com o desempenho registrado em fevereiro Garça ficou, no ranking dos 370 municípios paulistas com mais de 10 mil habitantes, em 108.º lugar. A cidade com melhor desempenho na região foi Tupã que ficou em 47.º lugar.
NO PAIS
Em âmbito nacional, com o resultado de fevereiro, o País acumula o fechamento de 204.912 vagas formais de trabalho em 2016 na série ajustada, que leva em conta declarações de janeiro entregues fora do prazo. O Caged aponta queda de 104.582 empregos com carteira assinada no país em fevereiro. O saldo é resultado de 1.276.620 admissões e 1.381.202 desligamentos. Os dados divulgados nesta terça-feira (22) equivalem a uma variação negativa de 0,26% no estoque de empregos, comparada com o mês anterior. Com essa variação, o estoque em fevereiro segue estável com 39.488.138 postos de trabalho.
Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram Rio de Janeiro (-22.287 vagas), São Paulo (-22.110 vagas) e Pernambuco (-15.874 vagas). Apenas seis estados contrataram mais do que demitiram: Rio Grande do Sul (6.070 vagas criadas), Santa Catarina (4.793), Mato Grosso (3.683), Goiás (2.327), Mato Grosso do Sul (1.124) e Tocantins (com apenas 88 postos criados).
Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.
Análise Setorial - Dos oito setores de atividade econômica, a Administração Pública apresentou desempenho positivo (+ 8.583 postos ou +0,97%), sendo o saldo superior ao registrado em janeiro de 2016 (-263 postos). O Comércio teve uma perda de 55.520 postos ou -0,61%, sendo o principal setor responsável pelo desempenho negativo do mês, seguido pela Indústria de Transformação (-26.187 postos ou -0,34%) e a Construção Civil (-17.152 ou -0,65%). Neste último setor, a queda foi menor que o mesmo período do ano anterior, quando foram perdidos 25.823 postos de trabalho no mês.
No setor de Serviços houve uma perda de 9.189 postos (-0,05%) e no setor Agropecuário (-3.661 postos ou -0,23%), um saldo negativo menor que o ocorrido em fevereiro de 2015 (-9.471 postos). A Extrativa Mineral, com perda de 390 postos, também evidenciou uma redução na queda do emprego frente ao mesmo mês de 2015, quando o setor perdeu 1.260 empregos.
Jornal Comarca de Garça
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