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14/12/2015
Garça 

História da Evolução da APEG segundo o livro atas:

10) Limitações da APEG Durante a leitura dos dois livros de Atas da Associação de Poetas e Escritores de Garça (APEG) a fim de preparar as dez crônicas comemorativas dos dez anos de sua fundação, fui anotando com alegria as suas inúmeras realizações, e com pesar algumas de suas limitações. Não é de admirar em pessoas e instituições humanas a existência dessa contradição, pois somos todos mais ou menos como a lua com sua face clara e outra escura. Uma das mais antigas limitações da APEG é ela existir sem certidão de nascimento, isto é, existir na prática sem ter até agora, passados os primeiros dez anos, o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Embora todos com essa preocupação de lhe dar identidade, nem um só dos quatro Presidentes conseguiu ao longo desses dez anos providenciar o CNPJ da APEG. Mesmo sem ser a coisa mais importante, não deixa de ser interessante ter o CNPJ. Não temos.

10) Limitações da APEG

 

            Durante a leitura dos dois livros de Atas da Associação de Poetas e Escritores de Garça (APEG) a fim de preparar as dez crônicas comemorativas dos dez anos de sua fundação, fui anotando com alegria as suas inúmeras realizações, e com pesar algumas de suas limitações. Não é de admirar em pessoas e instituições humanas a existência dessa contradição, pois somos todos mais ou menos como a lua com sua face clara e outra escura.

            Uma das mais antigas limitações da APEG é ela existir sem certidão de nascimento, isto é, existir na prática sem ter até agora, passados os primeiros dez anos, o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Embora todos com essa preocupação de lhe dar identidade, nem um só dos quatro Presidentes conseguiu ao longo desses dez anos providenciar o CNPJ da APEG. Mesmo sem ser a coisa mais importante, não deixa de ser interessante ter o CNPJ. Não temos.

            Não conseguimos até agora também providenciar, como sugeriu certa vez a Profª Vera Sganzela em reunião de 25.11.2012, um vídeo institucional da APEG, importantíssimo para esclarecer grandes plateias sobre os objetivos e as metas da entidade nos grandes eventos promovidos. Com poucas palavras, com alguma ilustração seria interessante esse vídeo da instituição que daria uniformidade e rapidez na informação, além de mostrar um pouco mais de organização.

            Outras atividades foram iniciadas, mas não conseguimos operacionalizá-las plenamente. Deixamos, por exemplo, de publicar obras literárias coletivas desde 2011. Caso de duas séries iniciadas, mas não continuadas: 1) das Exposições “Todos Cantam Sua Terra”, que edita os textos das Exposições realizadas na Galeria ou na Biblioteca Municipal, sempre em homenagem à cidade de Garça. Os textos continuam guardados, mas não foram publicados. Pena, pois a criação não é divugada.

            Já foram realizadas oito Exposições e só de três conseguimos preparar livros. A interrupção é lamentável, porque os textos dessas Exposições tratam do município, e poderiam ser aproveitados futuramente para a grande série denominada Cancioneiro Garcense, que pretendo organizar. 2) das Antologias dos Encontros Poéticos, reunindo textos pronunciados ou declamados nos Encontros anuais. Dessas dispomos de apenas duas: do I e do V Encontros. De outros nada restará em livros, pois textos desaparecem.

            Não foi também publicado o “Livro dos Amores”, decidido em reuniões de 2012, com a colaboração de textos dos membros da APEG. E muito simplesmente porque apenas sete escritores se empenharam em enviar seus textos, não havendo também por parte da Diretoria da época o empenho suficiente para “exigir” dos interessados a colaboração prometida. Uma pena, pois seria talvez a primeira obra coletiva sobre um único tema. E que tema! E que variedade de amores!

            Outra pequena limitação da APEG foi não correr atrás de vários escritores que vieram algumas vezes às reuniões e depois desapareceram. Falta talvez uma rápida coleta de dados sobre o interessado, quando de sua chegada, para facilitar comunicação posterior sobre as razões de sua ausência. E aqui cabe colocar em prática, com tais dados, proposta do professor e escritor Maurício Teck sobre uma carteirinha para os novos associados. Pequena prova de organização.

            A limitação mais séria, porém, apontada por mim atualmente na APEG é a falta de formação literária de seus membros, depois que a Sala Multimídia da Biblioteca ficou sem o telão para apresentação de vídeos. Durante muitas reuniões das gestões do Presidente Fagner Sitta, e com admirável empenho pessoal dele, pudemos assistir a vários vídeos sobre diversos escritores, brasileiros ou não. Precisamos voltar a eles de qualquer jeito. Esses vídeos de qualidade pululam na internet e enriquecem a gente.

            Porque, contra a ideia comum de que o escritor vive no mundo da lua e não na terra, de que vive desligado, o poeta e escritor de verdade necessita e muito de formação literária. Aliás, durante poucas reuniões, a APEG começou a comentar um artigo precioso da poetisa mineira Henriqueta Lisboa, denominado “Formação do Poeta”, que infelizmente não avançou. Que pena! Os oito itens propostos por ela merecem aprofundamento contínuo por todo bom escritor.

            Aponto ainda mais uma limitação ao longo desses dez anos da APEG: não conseguimos continuar a publicação do “Boletim APEG”, preciosa iniciativa da fase inicial que não prosperou também por falta de colaboração dos associados. Se a periodicidade fosse semestral, e não bimestral, teríamos hoje com certeza mais textos e curiosidades literárias locais publicados no “Boletim APEG”, principalmente com a experiência acumulada de dez anos.

            Acredito agora que tantas e tão maravilhosas iniciativas nos foram vindo à mente nos primeiros anos talvez porque embaladas pela ilusão de criarmos a Academia Garcense de Letras (AGL), como foi dito nas crônicas iniciais dessa “História da Evolução” da APEG. De fato, uma AGL implicaria, no mínimo, a concretização de todas essas iniciativas apontadas que infelizmente redundaram nessas limitações agora comentadas.

            Ainda bem que não caímos na ilusão da AGL nos primeiros dez anos de existência da APEG! Mas poderemos até chegar a ela, se nos impusermos a obrigação de transformar as limitações colocadas em realizações concretas. O que com razão será obra de próximas Diretorias para outros dez anos; o que demonstraria a vitalidade da APEG, poderia e deveria pelo menos começar ainda no segundo ano da segunda gestão do Presidente Luiz Idalgo em 2016. Ele tem capacidade para tanto.

            E um dos instrumentos de que pode se servir Luiz Idalgo imediatamente é o Conselho de Presidentes (quatro até agora), pensado já há tempo e a ser talvez utilizado entre o final de 2015 e a primeira quinzena de 2016, para “mastigar” com mais vagar algumas grandes questões da APEG, tornadas limitações. Questões essas que, tratadas em reunião ordinária, demandariam muito tempo e atrapalhariam a pauta da ordem do dia.

            Levadas, porém, “mastigadas” aos membros da APEG nas reuniões, porque no Conselho de Presidentes tratadas com profundidade, as iniciativas seriam agilizadas democraticamente por todos, dividindo-se entre todos a responsabilidade para sua operacionalização. Dez anos passaram como a noite de ontem. O mesmo acontecerá com os próximos dez anos. Passarão muito rapidamente. Por isso urge otimizar o tempo e os recursos disponíveis no presente.

            Parabéns aos associados da APEG pelo bom resultado dos primeiros dez anos. Desejamos ainda muito sucesso para os grandes projetos que estão por vir nos próximos dez. Como mostram as Atas das reuniões da APEG, analisadas em seus êxitos e fracassos superficialmente nessas dez crônicas sobre a História da Evolução da APEG, estamos saindo da infância e da adolescência, ou da pré-história da instituição, para iniciar a juventude alegre e frutuosa!

 

LETTERIO SANTORO – 07.12.2015

Membro da APEG; e autor, entre outros, do romance “Crônica dos Acontecimentos Escolares”, à disposição nas Bibliotecas Municipal e do Centro de Referência da Educação.

 

 


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