Dez dicas tornam o trabalho melhor quando você não ama o que faz
Cultivar um plano B é importante para mudar de carreira e para ajudar você a suportar a atual
Cultivar um plano B é importante para mudar de carreira e para ajudar você a suportar a atual
Tem horas em que você tem vontade de largar tudo e ir vender sanduíche natural na praia? Tenha calma: essa nem sempre é a melhor estratégia para lidar com o fato de a carreira escolhida não trazer a satisfação desejada. Antes de tomar uma decisão precipitada, leia dicas de especialistas para melhorar a situação antes de conseguir trocar de profissão.
1. Pense positivo
De acordo com o coach e consultor corporativo Carlos Diz, nem sempre detestar o trabalho tem a ver com estímulos externos –ambiente ruim, colegas competitivos, salário baixo–, mas com a própria percepção que temos da atividade.
"Quando não gostamos do que fazemos, a atividade se torna ainda mais difícil por casa da emoção negativa produzida ao pensarmos nisso", comenta Carlos, que é um dos sócios do Centro de NeuroLiderança, entidade que ministra cursos sobre o tema em São Paulo (SP), no Rio de Janeiro (RJ) e à distância.
Enquanto você não consegue uma nova oportunidade, tente pensar no fato de que a profissão escolhida não precisa ser necessariamente para sempre e em como vai ser bom quando tiver conseguido mudar. "Lembre-se que esse trabalho ainda é melhor do que nenhum", fala o consultor.
2. Negocie mudanças
Se o motivo da sua infelicidade vem da área em que está trabalhando, por que não verificar a possibilidade de trocar de setor ou função?
"Pesquise dentro da organização se há vagas em outros departamentos; tente se aproximar daqueles que mais lhe agradam; analise onde poderia sentir maior motivação", diz Madalena Feliciano, diretora da Outliers Careers, de São Paulo (SP). Ela sugere, ainda, negociar mudanças com o chefe: uma simples transferência pode ajudar a lidar com a sensação de sobrecarga, cansaço e infelicidade.
3. Ache um ombro amigo
Em muitos casos, os sentimentos de impotência e frustração podem ser atenuados se você desabafar. Encontre a pessoa certa e faça isso. Não estamos falando do chefe, mas daquele amigo, colega, conselheiro ou mentor em que você pode confiar. "Certifique-se que essa pessoa pode contribuir e não vai passar seu desabafo adiante", diz Madalena.
4. Invista no tempo livre
Dedicar-se a um hobby e não abrir mão dos momentos de lazer ajuda a tornar o fardo de uma carreira mal escolhida mais leve. Busque viver momentos agradáveis com amigos e familiares, pratique atividades que relaxam e revigoram e não descuide do sono nem da alimentação. Certamente o seu humor será outro seguindo essas dicas. E mais: quem sabe numa dessas ocasiões de folga não surge a ideia tão esperada para guiar sua mudança de vida?
5. Cultive um plano B
Reflita sobre seus objetivos de vida pessoal e profissional para descobrir se o que você não gosta é o trabalho em si, o ambiente ou a empresa. "Se for o trabalho, repense sobre seu plano de carreira. Afinal, passamos mais tempo no trabalho do que com a família", fala Bruna Tokunaga Dias, gerente da empresa paulistana de recrutamento e seleção Cia de Talentos. "Pesquise cursos de especialização para promover uma mudança", exemplifica. Mas antes de tomar uma decisão, prepare-se para a mudança.
6. Aprenda com os colegas
Enquanto a concretização do seu plano B não acontece, aproveite as oportunidades que o seu ambiente profissional atual oferecem no que diz respeito à troca de experiências com os colegas.
"Procure aprender e desenvolver novas habilidades. Cursos, palestras e atividades voluntárias são excelentes oportunidades para se aprimorar e que podem fazer a diferença em outro momento da sua trajetória", declara Ylana Miller, sócia-diretora da consultoria organizacional e de carreira Yluminarh, do Rio de Janeiro (RJ), e professora de gestão de carreiras da faculdade Ibmec, também no Rio.
7. Avalie sua trajetória
Antes de traçar um novo caminho é preciso verificar por quê o anterior não deu certo. "Avalie sua trajetória até o momento, definindo os pontos fortes e a desenvolver e planeje o futuro alinhado aos seus valores e crenças", fala Ylana Miller. Feito isso, anote em um papel quais são as etapas que precisa colocar em prática e qual será a estratégia que fará você alcançar esses objetivos. Com esse plano em mãos, fica mais fácil se preparar para uma guinada.
8. Defina objetivos "menores"
Sonhar alto é fundamental, claro, mas você também pode estabelecer metas para cumprir sem que precise esperar muito.
"Em vez de pensar em objetivos que demorem mais tempo e necessitem mais esforços para serem alcançados, defina metas que possam ser atingidas mais rapidamente. Dessa forma, sua motivação se renovará constantemente", diz Izabel Failde, psicóloga organizacional e orientadora de carreiras, de São Paulo (SP). E defina a próxima meta antes de a anterior ter sido alcançada: é uma forma de manter seu interesse sempre em alta.
9. Faça diferente
Muito da rotina diária da qual reclamamos vem da "mesmice" que nós mesmos nos impomos. Então, vale a pena renovar e arriscar um pouco mais. Encontre formas diferentes de realizar as atividades rotineiras, principalmente as que são mais difíceis de tolerar.
"Ao invés de produzir textos ou relatórios sempre do mesmo jeito, insira figuras ou fotos. Em vez de apenas falar, escreva. Até digitar as palavras em vermelho ou azul no lugar da convencional cor preta ajuda a tornar suas atividades mais coloridas e interessantes", conta Izabel Failde.
10. Esqueça o trabalho perfeito
Para a psicóloga Maura de Albanesi, de São Paulo, é importante encarar qualquer trabalho como oportunidade de crescimento, não como obrigação. "Liberte-se do 'tenho de', que torna tudo mais pesaroso e cansativo, como se não tivesse outras escolhas. Agora, viver sob o 'para quê' nos coloca em contato com o que dá sentido à vida. Portanto, encontrar um significado no que faz é o que o torna belo e eficaz", declara.
E lembre-se: mesmo as pessoas que trabalham com o que amam também estão sujeitas a executar tarefas chatas. "Perceba o que há de agradável no desagradável, pois nem tudo é ruim por inteiro, nem bom por inteiro. Mude o seu ângulo de observação e tire proveito da situação", diz Maura.
DO BOL
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