Conscientização sobre a Prevenção da Infecção Hospitalar é constante
Atitudes simples como lavagem das mãos ao entrar e sair de um estabelecimento de saúde pode fazer toda a diferença
Atitudes simples como lavagem das mãos ao entrar e sair de um estabelecimento de saúde pode fazer toda a diferença.
No Brasil, o dia 15 de maio foi definido como “Dia Nacional de Controle da Infecção Hospitalar” em 23 de Junho de 2008, através da Lei 11.723 do Ministério da Saúde, com a finalidade de mostrar a importância do tema como problema de saúde.
Em maio, é acentuado o trabalho de conscientização, mas este trabalho, na Santa Casa de Garça, estende-se por todo ano, quando a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), em conjunto com o SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho), Serviço de Educação Permanente e CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), promove palestras e treinamentos voltados a minimizar os riscos de Infecção relacionada à assistência prestada e melhoria da qualidade desses serviços.
Segundo a enfermeira Rubia Ramires, também presidente da CCIH, a comissão existe desde 2007 e trabalha detectando casos de infecção hospitalar, seguindo os critérios de diagnósticos previamente estabelecidos e fornecidos pelo CVE (Controle de Vigilância Epidemiológica); a comissão também deve conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no seu serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis.
A enfermeira também salientou que o Programa de Controle de Infecções Hospitalares é uma exigência legal de todo hospital do país. Disse que cada hospital possui uma clientela diferente (fatores predisponentes do cliente) e variados níveis de atendimento. “Por isso, o risco de adquirir infecção hospitalar também varia, de acordo com os diversos serviços e procedimentos realizados. O grau de infecção hospitalar é medido através de indicadores mensais”.
REALIDADES DIFERENTES
Rubia Ramires explicou ainda que os hospitais podem possuir taxas de infecção hospitalar completamente diferentes, sendo que algumas muito maiores do que outras. Isto ocorre porque os hospitais atendem diferentes grupos de pessoas com diferentes susceptibilidade e práticas. Além disto, hospitais com maior tecnologia costumam atender pacientes mais graves e realizam maior número de procedimentos que ultrapassam as barreiras naturais, o que torna a comparação quase impossível.
“Por definição, a infecção relacionada à assistência, como é nomeado hoje a Infecção Hospitalar pode a acontecer após a alta, desde que esteja relacionada com algum procedimento realizado durante a passagem pelo serviço de saúde”, destacou a enfermeira. “Por isso é muito importante a vigilância epidemiológica, que é realizada através da busca ativa pós-alta hospitalar (retorno do paciente em caso de infecção da ferida operatória em menos de 30 dias), somente dos pacientes submetidos a cirurgias em nossa instituição”.
Isso é feito quando o paciente recebe alta, pois ele recebe um folheto explicando a necessidade de retornar à instituição se ele apresentar sinais de infecção na ferida operatória como calor, rubor, febre, pontos abertos, para que possamos verificar e identificar os microorganismos e oferecendo todo atendimento possível a esse cliente”, detalhou a enfermeira (vela figura nesta página).
ATIVIDADES
Entre as atividades realizadas pela CCIH estão ações normativas da equipe multidisciplinar e ações educativas à população, orientando os visitantes que entram em contato com pacientes na unidade hospitalar.
“Os visitantes são orientados a não trazerem flores, que contaminam o ambiente; não trazer alimentos, por causa da proliferação de insetos, como formigas e também são orientados quanto aos cuidados de lavagem das mãos ao contato com doentes, evitando a transmissão de infecção a outros pacientes”, assinalou Rubia Ramires.
“Nosso objetivo e resguardar a incolumidade do paciente em tudo o que possa lhe causar danos, e claro, evitando ao máximo o risco de adquirir infecção hospitalar, por meio das ações multidisciplinares da comissão”, arrematou a enfermeira.
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